Dados do Trabalho
TÍTULO
HIPERTENSAO PORTA NA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI: MANEJO CIRURGICO
OBJETIVO
Este trabalho visa relatar a hipertensão porta decorrente da esquistossomose, centrando-se nos seus procedimentos cirúrgicos necessários para o tratamento.
MÉTODO
O trabalho apresenta um estudo exploratório descritivo em artigos sobre hipertensão porta na esquistossomose mansoni, focado no seu tratamento cirúrgico, disponíveis no Google acadêmico, Pubmed e SciELO.
RESULTADOS
A esquistossomose mansoni possui certa diversidade e capacidade de determinar formas clínicas graves, o que lhe confere à uma importância fundamental. A forma hepatoesplênica constitui a manifestação clínica mais frequente da esquistossomose, a qual caracteriza-se pelo comprometimento do fígado e do baço, resultando na hipertensão do sistema portal. Essa hipertensão porta decorre da deposição dos ovos nos ramos intra-hepáticos da veia porta. A oclusão porta também pode ser provocada pelo próprio parasita vivo ou principalmente morto, nos casos de infestação maciça (VECCHI, 2014). Na hipertensão porta, há diversas situações que podem levar à necessidade de operar o doente, no entanto o tratamento cirúrgico está indicado essencialmente na prevenção da recidiva hemorrágica. Analisando todos os casos de hemorragia digestiva alta em portadores de esquistossomose mansoni na forma hepatoesplênica, concluíram que o tratamento conservador obtém bons resultados em mais de 90% dos casos. Todavia a indicação cirúrgica deve ser ponderada com base no estado clínico do paciente, etiologia da hipertensão portal e a capacidade funcional do fígado. O tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica possue duas correntes, a cirurgia de derivação utilizada de maneira seletiva (esplenorrenal distal) ou as cirurgias de desconexões associadas à esplenectomia, as quais tem resultados de recidiva da hemorragia a curto e em longo prazo equivalentes. A anastomose portocava está em desuso pela maior ocorrência de encefalopatia hepática. Anastomose esplenorrenal, descompressão esofagogástrica e técnicas de reparação das varizes esofagianas também são usadas. O transplante hepático vem sendo tentado com bons resultados, a despeito das dificuldades técnicas e relacionadas a dificuldade de doadores (LAMBERTUCCI, 2014).
CONCLUSÕES
Portanto todo paciente com hipertensão porta esquistossomática e que necessita de tratamento cirúrgico deve ser considerado como portador de doença grave e ser tratado como tal, sendo necessário que o médico experiente deve personalizar as opções terapêuticas. Logo, conhecer os elementos da esquistossomose mansoni é essencial para a condução dos pacientes, sendo que a principal forma de minimizar o impacto desta doença é sua profilaxia e controle com medidas em âmbitos da saúde pública.
Área
FÍGADO
Instituições
UNITPAC - Tocantins - Brasil
Autores
Anna Carolina Pereira Gomes, Rogério Rodrigues Veloso, Dórica Pereira Martins, Thayná Soares Oliveira, Andressa Borges Brito, Renata Gama Lino, Juliane Lopes Nascimento, Mário Sousa Lima Silva