Dados do Trabalho


TÍTULO

AGUDIZAÇAO DE HEMATOMA SUBDURAL CRONICO COM CIRURGIA DE DESCOMPRESSAO CEREBRAL.

INTRODUÇÃO

O hematoma subdural agudo acomete cerca de 1% a 5% de todas as lesões traumáticas sobre o crânio, e em 22% dos traumatismos cranioencefálicos (TEC) graves. Um dos principais fatores que influenciam no prognóstico é a idade avançada e também o estado de consciência do paciente, os que têm perda de consciência evoluem com mortalidade 5 vezes mais dos que não têm essa perda.
A drenagem feita até 24 horas após o trauma, reduz o risco de morte do paciente. O traumatismo craniano é a causa mais comum de hematoma subdural agudo (HSDA), estando a maioria dos casos relacionada a acidentes automobilísticos, quedas e agressões.
Os pacientes com atrofia cerebral significativa são os de mais alto risco para hematoma subdural. O perfil desse grupo é de idosos, indivíduos com história de abuso crônico de álcool e aqueles com traumatismo craniencefálico (TCE) prévio. Por conta disso, os hematomas subdurais crônicos são vistos em adultos mais velhos.

RELATO DE CASO

Paciente P.P.L.,feminino,77 anos, admitida no Pronto Socorro do Hospital Geral de Palmas-TO, Portadora de Parkinson com diagnóstico há 3 anos, relata quedas da própria altura durante esses anos, já diagnosticada com hematura subdural crônico esquerdo, com tratamento conservador há mais ou menos 2 anos. Acompanhante refere queda da própria altura há 3 semanas, posteriormente, a paciente começou a apresentar hemiparesia a direita, cefaleia do tipo holocraniana progressiva diária e com nível hipertensivo associado e perda de consciência progressiva durante essas 3 semanas. Vítima de hematoma subdural agudo frontoparietal esquerdo com apagamento dos sulcos entre os giros corticais e redução do ventrículo lateral esquerdo, já com espessura de 14 mm, mostrado na tomografia computadorizada, indicativo de cirurgia para a drenagem do hematoma. Incisão feita no hemicranio crânio esquerdo com anestesia local com sedação, sem necessidade de intubação, visando uma melhor recuperação pós cirúrgica da paciente, pela idade avançada. Duração do procedimento foi em torno de 50 minutos. Internação por 2 dias e uma melhorara significativa dos sintomas relatados anteriormente.

DISCUSSÃO

O caso ressalta a importância do acompanhamento de idosos com doenças cerebrais degenerativas como Parkinson que é o caso da paciente, e importância em ser feita a drenagem do hematoma subdural agudo, mostrando como melhora a qualidade de vida da paciente como essa descompressão cerebral e também a cuidado especial no procedimento cirúrgico na emergência, evidenciado pela escolha da anestesia local com sedação, para uma melhor evolução pós-operatoria.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

Renata Gama Lino, Andresa Borges Brito, Andressa Santos Osório, Eric Oliveira Soares Junior, Camila Fecury Cerqueira, Dhovana Silva Ceolin, Alice Jardania Pereira Mota, Vinicius Bessa