Dados do Trabalho


TÍTULO

CANCER GASTRICO EM PACIENTES JOVENS E ADULTOS JOVENS – SEGUIMENTO DE 10 ANOS

OBJETIVO

Analisar os resultados do tratamento cirúrgico de pacientes com idade igual ou inferior a 40 anos, portadores de adenocarcinoma gástrico, operados no Serviço de Cirurgia Abdômino-Pélvica do Hospital do Câncer I, INCA. Analisamos a mortalidade pós-operatória, estagiamento e sobrevida de 5 e 10 anos neste grupo.

MÉTODO

Reavaliado o banco de dados do Grupo de Cirurgia Gástrica da Seção de Cirurgia Abdômino-Pélvica do Hospital do Câncer I, INCA, no período de 1997 a 2006, pacientes com idade igual ou inferior a 40 anos foram acompanhados por 10 anos após a cirurgia. Utilizou-se o TNM da AJCC/2016. Os procedimentos realizados foram divididos em curativos (cirurgia D2 e R0) e paliativos (R1 e R2). Considerou-se como morbidade qualquer complicação ocorrida no período de até 30 dias após o procedimento ou durante a internação hospitalar. A mortalidade operatória foi definida como morte ocorrida em até 30 dias após o ato cirúrgico ou durante a internação hospitalar. A sobrevida foi avaliada em 5 e 10 anos.

RESULTADOS

Foram operados 88 pacientes com adenocarcinoma gástrico com idade igual ou inferior a 40 anos. A mediana de idade foi de 36 anos (variando de 20 a 40 anos) e o predomínio foi do sexo masculino (51,1%). A taxa de ressecabilidade foi de 72,7% e a de radicalidade de 51,1%. A taxa de complicação pós-operatória foi de 28,4% e a mortalidade de 6,8%. O estagiamento patológico (AJCC/2016) mostrou que IA 3 (3,4%) dos casos, IB 3 (3,4%), IIA 4 (4,5%), IIIA 12 (13,6%), IIIB 1 (1,1%), IIIC 19 (21,6%) e IV 37 (42%). A estimativa de sobrevida nos doentes submetidos à ressecção foi de 107 ±15 meses e nos irressecáveis de 12±3 meses (p=0,000). A sobrevida foi determinada pelo estagiamento, quanto menor o estágio maior a sobrevida (p=0,000).

CONCLUSÕES

O diagnóstico de câncer gástrico em jovens é feito em estágios avançados, determinando um pior prognóstico da doença. Por se tratar de pacientes hígidos, as ressecções alargadas devem ser tentadas, pois a cirurgia é a única forma de cura.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

RACHEL VERDAN DIB, Rubens Kesley, Raquel Ramos Woodtli, Sérgio Bertollacce, Antonio Acetta, Flávio Sabino, José Humberto Simões Correa, Eduardo Linhares Riello de Mello