Dados do Trabalho


TÍTULO

GASTRECTOMIA VERTICAL E BYPASS GASTRICO EM Y DE ROUX: ANALISE COMPARATIVA DE ENSAIOS CLINICOS DOS ULTIMOS CINCO ANOS

OBJETIVO

Comparar os dois principais procedimentos cirúrgicos realizados na cirurgia de obesidade, gastrectomia vertical (GV) e bypass gástrico em Y de Roux (BGYR), através da análise da literatura de ensaios clínicos publicados nos últimos cinco anos, levando em consideração o tratamento mais eficaz na perda de peso, remissão da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), diabetes melitos tipo 2 (DM2), dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica (HAS), necessidade de novas intervenções e melhora na qualidade de vida. A relevância do estudo diz respeito ao aumento na prevalência da obesidade internacionalmente, vindo a necessitar de tal intervenção cirúrgica, a qual vem evoluindo nas suas técnicas com boa repercussão nos seus resultados. Entre esses procedimentos, o BGRY é mais tradicional, enquanto a GV é uma técnica desenvolvida mais recentemente, com eficiência comprovada para ambos.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão sistemática utilizando o banco de dados PubMed. Como critérios de inclusão na amostra foram considerados apenas ensaios clínicos sobre o tema, sendo publicados entre 2014 e 2018. O descritor empregado na pesquisa foi “sleeve gastrectomy” associado com “Roux-Y-Gastric bypass”. Assim, a busca resultou em um total de 72 artigos, dos quais 22 artigos foram excluídos por não possuírem arquivo digital disponível na base e 34 por não abordar os aspectos desejáveis para a análise. Desse modo, a amostra da presente revisão foi composta por 16 artigos.

RESULTADOS

Dentre todas as produções selecionadas (n=16), 62,5% (n=10) foram publicados no Obesity Surgery Journal. A média de idade dos participantes foi de 41,6 anos (±35,2-48,6) e a média de IMC dos envolvidos foi de 41,6 Kg/m2 (± 30,5-50). Considerando os artigos que compararam a perda de peso (n=16), 68,8% (n=11) mostraram superioridade estatística do BGYR com tempo variado para esse resultado (1, 2, 3, 4 e 5 anos) e os demais não evidenciaram diferença estatística. Dos estudos que avaliaram detalhadamente a DRGE (n=4), 100% indicaram piora após GV. Em relação à remissão do DM2 (n=11), 81,8% (n=6) não apresentou diferença estatística e os demais foram favoráveis ao BGYR. Quanto à remissão da dislipidemia (n=9), 66,7% (n=6) mostraram superioridade estatística do BGYR, sendo os demais estudos sem diferença estatística. Das análises da remissão da HAS (n=10), 100% não tiveram diferença estatística, mas com melhora para ambos procedimentos. Em relação ao índice de intervenção e/ou reoperação (n=10), 50% demonstraram pior resultado com o BGRY e 50% sem diferença estatística. Sobre a qualidade de vida (n=11), 100% não tiveram diferença estatística.

CONCLUSÕES

Partindo dessa análise, conclui-se que ainda não há uma superioridade absoluta de nenhum dos procedimentos comparados quanto a eficiência terapêutica para a obesidade. Até então, o BGRY se mostrou superior estatisticamente em alguns aspectos, mas maiores pesquisas sobre a GV são necessárias, visto que já apresenta bons resultados em pouco tempo de aplicação.

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA

Instituições

Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ - Paraíba - Brasil

Autores

Laís Nóbrega Vieira, Hiago Dantas Medeiros, Tobias Sampaio, Lyndon Johnson Serra Junior, Adriano Dias Trajano