Dados do Trabalho


TÍTULO

CISTO ADENOMA OVARIANO GIGANTE

INTRODUÇÃO

As massas ovarianas são mais comuns na quarta e quinta década de vida, sendo a grande maioria dos casos benignos. Os cistoadenomas mucinosos representam cerca de 15% dos tumores benignos e chamam a atenção por poderem atingir grandes dimensões, que levam a significativo aumento do volume abdominal, com casos relatados de tumores de até 20kg.
Por se tratar de uma patologia pouco sintomática, não é tão raro que as massas cheguem a dimensões maiores, como o caso que vamos descrever. O tratamento preconizado para tumorações malignas ou massas maiores que 10cm é a laparotomia exploradora.

RELATO DE CASO

Mulher de 33 anos, casada, do lar. Hipertensa. G3P3A0 (03 partos cesarianos). Chega ao ambulatório de um Hospital Universitário, em Março de 2018, com queixas de dores eventuais em flanco esquerdo e coluna lombar por cerca de 4 meses. Nota aumento do volume abdominal há um ano. Trouxe USG de Outubro de 2017 que mostra tumoração cística gigante, ocupando toda a região abdominal, medindo cerca de 5.315cm³. Foi solicitada TC de Abdome e Pelve realizada em Abril de 2018: Volumosa formação cística na cavidade abdominal, multiloculada, apresentando loculações com conteúdo de densidades diferentes e algumas septações espessadas, sem realce pelo contraste. Mede 29,4 x 29,4 x 20,7cm, com volume estimado em 9,303ml. Além de CA 19-9: 161,4 e Citologia oncótica: Negativa para neoplasia. Em Outubro de 2018, foi realizada uma laparotomia exploradora com incisão mediana xifo-púbica e exérese de grande cisto ovariano a esquerda. Boa evolução clínica e alta hospitalar com dois dias. E mantendo acompanhamento ambulatorial. O histopatológico revela Cistoadenoma mucinoso de ovário esquerdo, com dimensões de 36,0 x 31,0 x 22,0 cm e peso de 14Kg.

DISCUSSÃO

Tumores benignos do ovário cursam com poucos sintomas, dificultando o diagnóstico precoce. O melhor método é o USG que pode não ser disponível em regiões mais extremas do país, por ser operador dependente, bem como a TC por ser um exame caro. O diagnóstico acaba ocorrendo tardiamente, permitindo às massas tornarem-se volumosas, como o caso acima descrito, elevando a morbi-mortalidade da doença.

Área

GINECOLOGIA

Instituições

HUOL - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

CARLOS ANTONIO SOUZA FILHO, SAMUEL OLIVEIRA SILVA JÚNIOR, ANDRE LUIS COSTA BARBOSA, AMANDA CARLA VALENTIM SOUZA, SENIVAL ALVES OLIVEIRA JÚNIOR, DENED MYLLER BARROS LIMA, REBECCA GOMES FERRAZ, ANTONIO BRAZ SILVA NETO