Dados do Trabalho
TÍTULO
ESTUDO RETROSPECTIVO EM PACIENTES SUBMETIDOS A UM METODO DE CIRURGIA REVISIONAL POS DERIVAÇAO GASTRICA EM Y DE ROUX PARA TRATAMENTO DE OBESIDADE: DESCRIÇAO DA FUNÇAO INTESTINAL NESTA POPULAÇAO
OBJETIVO
Descrever o padrão intestinal dos pacientes após um ano em pacientes submetidos à Gastrectomia Vertical + Bipartição de Trânsito Intestinal (GV + BTI) como estratégia de cirurgia revisional em dois tempos pós derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) para perda de peso insuficiente.
MÉTODO
Estudo retrospectivo, descritivo, realizado com a revisão de prontuários de 38 pacientes previamente submetidos à DGYR. Foram incluídos no estudo pacientes que que tiveram uma perda do peso excedente inicial < 50% e apresentavam IMC > 35 kg/m2, após a DGYR e que foram submetidos a cirurgia revisional, que consta de dois tempos cirúrgicos: no primeiro há a reversão do DGYR e no segundo tempo é realizado uma GV + BTI. Dos 38 pacientes, foram selecionados 26. Dentre os pacientes excluídos, 7 foram por falta de dados adequados no prontuário, 1 por recusa de realizar o segundo tempo após a reversão do DGYR e 4 porque ainda não foram submetidos ao segundo tempo cirúrgico. Dados obtidos no Hospital Universitário Onofre Lopes - Natal/RN, entre 2016 e 2018, baseado na consulta realizada doze meses após a cirurgia revisional.
RESULTADOS
O estudo foi realizado numa população de 26 pessoas, sendo 21 (80,76%) mulheres. No total, 13 (50%) pacientes apresentaram diarréia, sendo o número médio de 4,16 evacuações diárias e 7 (26,92.%) pacientes apresentaram ainda queixas fezes líquidas. Dos 13 pacientes com diarréia, 3 (11,53%) pacientes evoluíram de forma mais grave, chegando a ter desnutrição proteico - calórica e com necessidade de uma cirurgia para alongamento da alça intestinal para tratar a diarréia, após um ano da GV + BTI. Todas com sucesso. 7 (26,92.%) dos pacientes passaram a ter queixas com relação ao excesso de gases e flatos, mas nenhum deles precisou de tratamento específico para tratar o problema. Totalizando 15 (57,69%) pacientes com alterações gastrointestinais (diarréia e / ou flatulência patológica).
CONCLUSÕES
Um número expressivo de pacientes apresentam alteração na função intestinal após o nosso modelo de cirurgia revisional. O fato de três pacientes necessitarem de uma nova intervenção para alongamento de alça intestinal pode ser indicativo que precisamos ajustar nossa técnica.
Área
CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA
Instituições
HUOL - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
CARLOS ANTONIO SOUZA FILHO, DANIEL COELHO, GABRIELA LIMA NÓBREGA, LUIZ FELIPE MEDEIROS ROCHA, ANTONIO BRAZ SILVA NETO, DENED MYLLER BARROS LIMA, REBECCA GOMES FERRAZ, SENIVAL ALVES OLIVEIRA JÚNIOR