TÍTULO

A CIRURGIA BARIATRICA E SEUS DISTURBIOS NUTRICIONAIS

OBJETIVO

Este estudo teve como objetivo verificar junto a literatura atualizada quais os principais distúrbios nutricionais adquiridos após o procedimento da cirurgia bariátrica.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, constituída por publicações indexadas no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Nas bases de dados foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde, da BIREME, disponibilizados no site http://decs.bvs.br/. Os descritores – bariátrica e nutrição - foram pesquisados usando-se o português como idioma. Os fatores de inclusão foram artigos gratuitos pertencentes ao ano de 2015 redigidos em português. A pesquisa na BVS encontrou um total de 20 artigos, sendo que apenas 7 se incluíam nos fatores de inclusão.

RESULTADOS

O estudo de Silveira-Júnior (2015), observou que a deficiência de vitamina D entre os pacientes operados triplicou em seis meses, o que resulta em queda da imunidade e a suscetibilidade a processos infecciosos. O cálcio manteve queda entre 3,4% e 5,1%, respectivamente, no referido período. E a anemia dos pacientes duplicou dentro dos seis meses; contudo as taxas de ferritina e proteína mantiveram-se estáveis (SILVEIRA -JÚNIOR et al., 2015). De qualquer forma, ao menos 25% dos pacientes submetidos à bariátrica sofrem a desnutrição de proteínas e calorias. E a deficiência proteica implica em má proliferação de fibroblastos, angiogênese e produção de colágeno (NIRUJOGI; ZOPFI, 2015). Normalmente, pode ocorrer anemia após semanas, e até meses, do pós-operatório e possui como principais fatores causadores a redução do fator intrínseco, acloridria, úlceras pépticas e sangramentos diversos; além da má absorção causada propositadamente pela técnica (RAMOS et al., 2015). A deficiência nutricional mais comum e mais antiga relacionada a cirurgia bariátrica é a do ferro que implica na falta de ingestão do complexo heme ou da acidez estomacal ineficaz. Outro fator bastante importante para a nutrição do paciente que se submete ao procedimento cirúrgico-bariátrico diz respeito aos níveis de ácido fólico, já que pelo menos 38% dos pacientes apresentam redução dos índices do mesmo. Complicações nutricionais importantes após a cirurgia indicam a avitaminose D e a anemia como as de maior relevância para o tratamento clínico e consequentemente as que demandam maior atenção dos profissionais, onde a primeira está presente em no mínimo 30% dos pacientes e a segunda em 22%. (SILVEIRA -JÚNIOR et al., 2015).

CONCLUSÕES

Os pacientes que se submetem a cirurgias de restrição ou má absorção como a bariátrica devem fazer o acompanhamento com vários meses de antecedência para que haja um roteiro de metas e ações tanto do ponto de vista clínico como nutricional; assim, as comorbidades comuns ao processo serão evitadas e o objetivo almejado tanto pela equipe médica quanto pelo próprio paciente possa ser atingido.