Dados do Trabalho
TÍTULO
A TERAPIA NUTRICIONAL NO TRANSPLANTE HEPATICO
OBJETIVO
Este estudo teve como objetivo verificar junto a literatura quais as abordagens nutricionais envolvidas no paciente hepático candidato ao transplante ou já transplantado.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, constituída por publicações indexadas no banco de dados da NCBI - National Center for Biotechnology Information. Nas bases de dados foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde, da BIREME, disponibilizados no site http://decs.bvs.br/. Os descritores – liver, transplant e nutrition - foram pesquisados usando-se o inglês como idioma. Os fatores de inclusão foram artigos gratuitos pertencentes aos últimos cinco anos que tivessem o texto completo disponível no idioma inglês. A pesquisa na NCBI encontrou um total de 2324 artigos, sendo que apenas 5 se incluíam nos fatores de inclusão.
RESULTADOS
O conhecimento do estado nutricional do paciente possibilita uma abordagem terapêutica nutricional adequada como também o correto manejo e aconselhamento de pacientes transplantados ou em vias de transplante. Diante do conhecimento de que, no geral, os pacientes candidatos a transplantes estão desnutridos introduziu-se o uso de imunonutrientes (aminoácidos de cadeia ramificada, pré e probióticos) na alimentação e eles têm mostrado bons resultados. Ao menos 25% dos pacientes sofre a associação entre desnutrição e doença hepática o que aumenta as hospitalizações, custos e o tempo de estadia do paciente. Na cirrose descompensada, por exemplo, a desnutrição pode chegar a atingir 60% ou até todos os pacientes. Atualmente, parâmetros antropométricos - Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência do Meio do Braço (MAC), Circunferência Muscular do Braço (AMC), Área muscular do braço (AMB) e área gordurosa do braço (AFA) - e parâmetros analíticos - albumina, pré-albumina, transferrina, total de linfócitos, colesterol total, creatinina e proteínas - identificam tanto a desnutrição quanto a função hepática. (GÁRCIA-RODRIGUEZ et al., 2015) (ANASTÁCIO; CORREIA, 2016) (SINGAL et al., 2013). Alguns dos fatores que causam a desnutrição são: deficiência de zinco, ascite, trânsito intestinal diminuído e aumento de citocinas inflamatórias, como também períodos extensos de jejum para procedimentos diversos. Vários estudos têm relatado que após a regeneração da função hepática ocorrem sarcopenia, sobrepeso e obesidade; daí a recomendação por parte dos nutricionistas que a ingestão máxima seja de 40 kcal/kg e 1,5g de proteína/kg (ANASTÁCIO; CORREIA, 2016) (GIUSTO et al., 2014).
CONCLUSÕES
O tratamento nutricional do paciente candidato ao transplante ou transplantado é essencial para que haja sucesso na cirurgia e na qualidade de vida no pós-transplante. Embora não haja consenso entre os estudos acerca da melhor forma de diagnosticar e manter a nutrição do paciente, sabe-se que uma equipe multidisciplinar com atuação de um nutricionista, traz excelentes resultados ao tratamento.
Área
FÍGADO
Instituições
Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil
Autores
Rafael Rodriguez Teixeira de Carvalho, Natalia Sampaio Freitas, Luciano Teixeira de Carvalho, Ivanice Bezerra da Silva Gomes, Daniel Sarmento Bezerra, Tânia Regina Ferreira Cavalcanti