TÍTULO

O PAPEL DOS CUIDADOS INTEGRATIVOS NO PERIODO PERIOPERATORIO EM PACIENTES ONCOLOGICOS IDOSOS SUBMETIDOS A CIRURGIA TORACICA DE GRANDE PORTE

OBJETIVO

Introdução
A assistência integrativa cirúrgica fundamentam-se em um conjunto de ações, medidas e orientações perioperatorias oferecidas através de equipe multiprofissional a fim de promover uma reabilitação precoce, diminuindo as complicações e a morbidade relacionadas ao procedimento cirúrgico, reduzindo o período de internação hospitalar e os riscos da hospitalização prolongada.1,2,3.
Sua estratégia baseia-se em educação do paciente antes da cirurgia, coparticipação e corresponsabilidade dos mesmos em todas as etapas de seu tratamento, gerenciamento de estresse perioperatório por meio de cuidados integrativos (técnicas mente/corpo, shiatsu, aromaterapia e acupuntura), cirurgia minimamente invasiva e reabilitação cardiorrespiratória pós-operatória 1,2,3.
Objetivo
Estudar a influência do cuidado integrativo como método de promover uma rápida e adequada recuperação pós-operatória em pacientes oncológicos idosos submetidos à cirurgia torácica eletiva.

MÉTODO

Neste estudo observacional descritivo e retrospectivo; foram avaliados os dados de pacientes oncológicos idosos que submetidos à cirurgia torácica de grande porte em Hospital terciário na cidade de São Paulo, no período de 01 de julho de 2017 até janeiro de 2019. As variáveis analisadas foram: média de idade, sexo, presença de comorbidades, tipo de atendimento utilizado, complicações, tempo de internação e necessidade de terapia intensiva. Foram incluídos apenas pacientes submetidos à cirurgia torácica eletiva com idade entre 60 a 85 anos.
Todos foram convocados participarem de uma reunião multidisciplinar de acolhimento, previamente a data da cirurgia, com esclarecimentos a respeito seu procedimento cirúrgico, sobre o pré-operatório, a internação e dados práticos sobre o período pós-operatório e sua convalescença.
No perioperatório, os pacientes foram acompanhados pela equipe da cirurgia torácica, geriatria, medicina integrativa e demais membros da equipe multidisciplinar (fisioterapia, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia e psicologia), e oferecido fisioterapia respiratória, massagem, acupuntura, aromaterapia, além da esteira e bicicleta ergométricas

RESULTADOS

Neste período foram avaliados 261 pacientes com média de idade de 70,82 sendo 58,2% mulheres e 41,8% homens. Todos pacientes operados participaram da reunião pré operatória. Em relação ao momento do atendimento da medicina integrativa 17% no pré operatório, 50,5 % e no pós operatório foram 72,9%. Das terapias utilizadas a acupuntura e a aromaterapia foram as mais presentes totalizando 80 % dos atendimentos. Os sintomas mais frequentemente abordados pelas terapias complementares foram: dor aguda e crônica, ansiedade, alterações do sono, náuseas e vômitos.

CONCLUSÕES

Neste protocolo notamos uma grande satisfação e bem-estar dos pacientes devido à assistência mais individualizada e humanizada. O uso das terapias complementares com evidência científica comprovada em ambiente hospitalar é factível e merece ser agregada à assistência médica convencional.