Dados do Trabalho
TÍTULO
COMPARAÇAO DAS COMPLICAÇOES PRECOCES E AVALIAÇAO TARDIA DA ESOFAGOCARDIOPLASTIA A SERRA DORIA NO TRATAMENTO CIRURGICO DO MEGAESOFAGO AVANÇADO RECIDIVADO VERSUS NAO AVANÇADO RECIDIVADO
OBJETIVO
Comparar os resultados precoces e analisar tardiamente os efeitos da esofagocardioplastia à SERRA DORIA em uma série de pacientes com megaesôfago não avançado recidivado vs avançado recidivado.
MÉTODO
Foram avaliados retrospectivamente 51 pacientes submetidos à cirurgia de SERRA DÒRIA após recidiva da doença após tratamento previo. Eles foram divididos em dois grupos: avançado e não avançado e avaliados quanto às complicações sistêmicas e locais precoces do operatório. Também foi realizada avaliação clinica tardia dos pacientes.
RESULTADOS
A idade variou de 32 a 78 anos, sendo sua maioria do sexo masculino e tambem com positividade para Doença de Chagas. Obtivemos como principais complicações imediatas: fístula de anastomose, sendo acometido 01 paciente do grupo A (3,1%) e 01 paciente do grupo B (5,3%); infecção pulmonar em 03 pacientes do grupo A (9,4%) e 04 do grupo B (21,0%); comprometimento cardiovascular em 01 paciente (5,3%) do grupo A. Dos pacientes que apresentaram as complicações supracitadas, todos tiveram boa evolução com tratamento conservador. Foi avaliado por um período de 10 anos o grau de disfagia dos pacientes: No primeiro ano foram avaliados todos os pacientes, e todos referiam deglutição normal. Em 03 anos de pós operatório seguimos 46 pacientes dos quais 27 do grupo A (93,1%) e 13 do grupo B (62,5%) referiam deglutição normal. Três (18,8%) apresentaram regurgitação nesse último grupo. Em relação ao seguimento tardio de 05 anos, foram seguidos 40 pacientes, dos quais 24 (88,9%) do grupo A e 05 (38,5%) do grupo B apresentavam deglutição normal, sendo que 3 (11,1%) pacientes do primeiro grupo referiam regurgitação e 07 (53,9%) do grupo B. Em última análise, por ocasião de 10 anos de seguimento pós operatório observamos, com o número final de 25 pacientes, que 16 (69,6%) do grupo A referiam deglutição normal com 03 (13,0%) do mesmo grupo apresentando regurgitação e os 02 (100%) do grupo B apresentavam regurgitação.
CONCLUSÕES
A esofagocardioplastia a SERRA DORIA parece ser procedimento adequado para tratamento do megaesôfago recidivado somente nos casos não avançados pelo indice aceitavel de morbidade e bons resultados a longo prazo quanto à deglutição dos paceintes.
Área
ESÔFAGO
Instituições
HOSPITAL PUC-CAMPINAS - São Paulo - Brasil
Autores
JOSÉ LUIS BRAGA AQUINO, DOUGLAS ALEXANDRE RIZZANTI PEREIRA, FELIPE RAULE MACHADO, JOÃO PAULO ZENUN RAMOS, PAULA SREBERNICH PIZZINATO, LUIS ANTONIO BRANDI FILHO, MARCELO MANZANO SAID, PRISCILA ARAUJO