TÍTULO

SARCOMA UTERINO ALTO GRAU EM PACIENTE COM 23 ANOS DE IDADE

INTRODUÇÃO

Os sarcomas uterinos são neoplasias que correspondem de 3-9% das neoplasias ginecoló-gicas, com baixa incidência. O sangramento vaginal anormal e dor pélvica são manifestações clínicas evidentes. As células são de origem epiteliais e estromais, com potencial de invasão às estruturas adjacentes.

RELATO DE CASO

Paciente, V.E.M.R, 23 anos, G0P0A0, menarca: 12 anos, coitarca: 17 anos. Avaliada em 08/09/17 queixou-se de dor pélvica.
No dia 14/09/17, o exame de imagem mostrou uma massa expansiva uterina com implantes nos ovários e infiltração tumoral em tecidos adjacentes. Efetuada a biópsia e imunohistoquímico, confirmou o diagnóstico de neoplasia maligna pouco diferenciada com necrose extensa, com laudo compatível com sarcoma mesenquimal indiferenciado com extensão de 15 cm.
Iniciou-se tratamento quimioterápico neoadjuvante, em que o tumor reduziu para 4 cm e depois progrediu para 20 cm, por falta de acompanhamento. Mesmo em estado de anasarca, paciente foi submetida ao 3º esquema de quimioterapia, no qual o tumor regrediu para 13 cm. Foi encaminhada para cirurgia onde realizou histerectomia ampliada, lindafedenctomia retroperitoneal, ressecção parcial do intestino delgado e colón transverso.

DISCUSSÃO

Por ser uma neoplasia rara, o sarcoma uterino possui uma diversidade patológica a qual se tem um conhecimento limitado e uma série dificuldades nas avaliações destes tumores, além das desvantagens sobretudo no que respeita às modalidades de tratamento efetuadas. Em sua maioria, tem-se um mau prognóstico, caracterizando-se por uma rápida progressão e uma elevada taxa de metástase à distância.
O tratamento do sarcoma uterino está proporcionalmente vinculado ao seu estadiamento, primariamente, é feito por intermédio da cirurgia associada a terapias adjuvantes. Além disso, por ser um tumor com a taxa de recidiva elevada, faz-se necessário um tratamento e acompanhamento imprescindível para o mesmo, para redução da mortalidade.