Dados do Trabalho


TÍTULO

ENDOMETRIOSE PROFUNDA DE SEPTO RETO VAGINAL, CIRURGIA COMPLEXA E SEGURA. AVALIAÇAO DE RESOLUÇAO ALGICA, EM AMOSTRA DE 52 PACIENTES OPERADAS EM GOIANIA, GO.

OBJETIVO

A endometriose profunda endometriose profunda do septo retovaginal é uma das formas mais graves e avançadas desta doença. São lesões de formato esférico e localizadas profundamente na escavação reto-uterina. Podem ter relação de lesões do peritônio, retosigmóide, paramétrio, vagina e ureter.
Avaliar a segurança da tática cirúrgica empregada, e associação entre ressecção completa das lesões e sintomatologia. Questionadas quanto aos episódios de dismenorreia, dispaurenia, dor pélvica acíclica, enterorragia.

MÉTODO

Foram realizadas análises de 52 pacientes submetidas a tratamento cirúrgico laparoscópico avançado para tratamento de múltiplas lesões entre novembro de 2017 e dezembro de 2018. Com avaliações clínicas, toque vaginal, pré cirúrgico, intra-operatório e pós cirúrgico e exames de imagem. Avaliadas quanto a regressão da sintomatologia, em escala qualitativa numérica, entre 0 (pior dor) e 10 (alívo total dos sintomas) comparados a quadro pré operatório.
População com idade entre 24 e 46 anos, menarca entre 11-14 anos, 01 paciente com menarca aos 9 anos de idade. Em 42 (80%) existiam lesões em septo reto vaginal e estruturas adjacentes.

RESULTADOS

Tempo entre início dos sintomas e do diagnóstico variou entre 1 e 20 anos, média de 15 anos, 65% com mais de 10 anos. Com lesão no septo retovaginal, dismenorreia foram encontradas em 42 (100%) da amostra, dispaurenia 39 (92%), dor crônica entre os ciclos menstruais 37 (88%), disúria associada ao ciclo menstrual 38 (90%), constipação intestinal em 40 (95%), enterorragia durante a menstruação em 11 (26%).
Todas lesões ressecadas foram submetidas a estudo histopatológico com confirmação de endometriose em 100% das ressecções. As lesões do septo retovaginal tiveram relação com 30 (71%) lesões vaginais, 37 (88%) com infiltração de fibras do reto, 39 (92%) aderidos a parede uretral esquerda, 5 (11%) ao ureter direito, sendo necessário o reimplante de 1 ureter e uso de cateter duplo J.
Complicações maiores em 4 (9,52%) pacientes, com 01 (2,3%) hematoma pélvico drenado, 2 (4,7%) fístulas colorretais e 01 (2,3%) fístula vesico vaginal. Nenhuma mortalidade. Todas complicações com resoluções cirúrgicas e tratamento clínico posterior.
A resposta álgica, principalmente dismenorreia, dores cíclicas, dispaurenia foram pontuadas em escala numérica, sendo 8 a 10 consideradas resolução do quadro, 5 a 7 resolução parcial do quadro e abaixo de 5 sem resolução. Pontuaram como resolução do quadro álgico 39 (92%) das pacientes e 3 (7,1%), com resposta de moderada a sem resposta adequada.

CONCLUSÕES

A cirurgia avançada laparoscópica para ressecção das lesões profundas de endometriose é segura, tecnicamente padronizada, com risco baixo de complicações, morbidade e mortalidade.

Área

GINECOLOGIA

Instituições

GASTROCARE - Goiás - Brasil

Autores

MAXLEY ALVES ALVES, ARY WANDERLEY DE CARVALHO JUNIOR, THIAGO HAYASHIDA TELES DE CARVALHO, ANTONINO CAETANO DE SOUZA NETTO, LUIZ AUGUSTO GERMANO BORGES, ALEX BESSA, ANDRE GUIMARAES DE PAULA, ISABELA CARVALHO VILELA PEREIRA