TÍTULO

MORBIMORTALIDADE NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL NO HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE PALMAS NO TRIÊNIO 2015-2018, APROXIMAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA.

OBJETIVO

Analisar as maiores causas de morbimortalidade dentro do serviço de cirurgia geral do Hospital Geral de Palmas, Tocantins, altamente relacionada às causas externas, buscando gerar dados que informem e orientem a formulação de medidas de prevenção de causas, de promoção de políticas públicas de conscientização e de educação da população em relação a causas evitáveis tanto por parte da Secretaria Municipal de Saúde quanto pela Secretaria Estadual de Saúde.

MÉTODO

Foi realizado um levantamento de dados retrospectivos dos pacientes atendidos no Hospital Geral de Palmas(HGP) durante o período compreendido entre 01/01/2015 a 01/08/2018 Coletando as maiores causas de morbimortalidade dentro do pronto socorro cirúrgico do Hospital.

RESULTADOS

No período compreendido entre 2015 e 2018 ocorreram 72492 internações no HGPP, destas 16286, ou ainda 22,47% do total de casos, apresentavam as queixas cirúrgicas analisadas no estudo. Dentre os atendimentos totais, 8040 (11,10%) eram vítimas de acidente de trânsito, 4595 (6,43%) pacientes internados devido a quedas, 2384 (3,28%) vítimas de trauma não especificados, 680 (0,9%) ferimentos por arma branca e 587 (0,8%) ferimentos por arma de fogo.
Quando analisada ano a ano percebe-se o grande número de atendimentos relacionados a essas cinco queixas, em 2015 foram atendidos 1750 pacientes com 30,89% das queixas totais, em 2016, 5283 ou 21,26% dos atendimentos, em 2017, 5459 (21,43%) e em 2018, até o dia 01 de agosto, 3794 ou 22,87% dos atendimentos do HGP.

CONCLUSÕES

Com o levantamento de dados foi possível observar a relevância das causas cirúrgicas, acidentes de trânsito, quedas, FAF, FAB, e trauma, em relação aos atendimentos gerais dentro do pronto socorro do HGP. Podemos destacar a morbimortalidade de acidentes de trânsito dentro do serviço de cirurgia geral em relação às outras causas.
Salienta-se a importância de criação e implementação de políticas públicas voltadas para a diminuição da incidência dessas causas, que além de aumentarem a mortalidade da população, são também importantes causas da perda de funcionalidade.
Destaca-se ainda que os dados analisados não permitem traçar um perfil epidemiológico da população atendida, apenas fazer um levantamento das maiores queixas cirúrgicas que incidem no serviço. Por isso, recomendamos a implantação do prontuário eletrônico no serviço, que facilitaria o acesso aos dados, internações anteriores, perfil epidemiológico dos pacientes e aumento de categorias para melhor classificação do paciente.