TÍTULO

GIST GASTRICO – DIAGNOSTICO E TRATAMENTO: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

As neoplasias mesenquimais correspondem cerca de 1% dos tumores do trato gastrointestinal, sendo o tumor do estroma gastrointestinal (GIST, em inglês) correspondente a 80% destes. Os locais mais acometidos são estômago e intestino delgado, respectivamente 60% e 20% dos casos. As lesões possuem comportamento variável. Perda de peso, dor abdominal e hemorragia digestiva são alguns dos sintomas apresentados. Obtém-se o diagnóstico por meio de exame de imagem, associado à biópsia e imunohistoquímica, sendo CD117 e CD34 os marcadores frequentemente positivos. O tratamento cirúrgico objetiva a ressecção a R0. Outra possibilidade é utilizar Imatinib, o qual aumenta satisfatoriamente à sobrevida.

RELATO DE CASO

Paciente M.F.S, 45 anos de idade, leucoderma, apresentou quadro de melena, hematêmese e perda ponderal, com evolução de cerca de um ano. Foi submetida à endoscopia digestiva alta, evidenciado lesão em antro e corpo gástrico de 7x6x6cm. A biópsia realizada via endoscopia não apresentou alterações na amostra. A tomografia computadorizada descartou acometimento secundário. Paciente foi então submetida à laparotomia exploradora com excisão da lesão. Ao exame anatomopatológico foi diagnosticado GIST, com menos de cinco mitoses por campo. Encaminhada à imunohistoquímica, estando positiva para CD117 e CD34. O pós-operatório transcorreu sem anormalidades e o paciente foi encaminhado para acompanhamento com a oncologia.

DISCUSSÃO

GIST é a neoplasia estromal mais comum do trato gastrointestinal. Exames de imagem auxiliam no diagnóstico e definição da conduta a ser tomada. O diagnóstico é obtido pela microscopia associada à imunohistoquímica. Mais de 90% dos tumores expressam o marcador KIT e cerca de 70% o CD34, os quais foram positivos no paciente. A cirurgia proposta é ressecção segmentar da lesão, porém, devido a localização e impossibilidade de realização de exame per operatório de congelação, realizou-se gastrectomia subtotal com margem macroscópica de 5 cm com reconstrução em Y-de-Roux. Alguns dos fatores prognósticos são o índice mitótico menor que cinco e lesões menores de 5 cm. O paciente foi classificado como médio risco devido tamanho da lesão, por meio da classificação NIH-Fletcher, tendo indicação de Imatinib Adjuvante.