TÍTULO

RECONSTRUÇAO DE PAREDE TORACICA POS-TRAUMA– RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

Pacientes vítimas de politraumatismo o atendimento precoce e multidisciplinar é fundamental à vida. Em feridas complexas os desafios são ainda maiores. Encontram-se disponíveis técnicas e materiais facilitadores à abordagem holística destes pacientes visando o seu restabelecimento, minimizando as dores e reduzindo o tempo de hospitalização. O diagnóstico das lesões decorrentes do acidente é fundamental para se estabelecer as diretrizes ao atendimento e as prioridades. Em presença de feridas complexas prioriza-se a preservação da forma e da função. Neste caso a equipe multidisciplinar constou com a cirurgia geral, clínica médica, cirurgião torácico, neurocirurgião, cirurgião plástico, fisioterapeuta, psicólogo, estomatoteapeuta, nutricionista e corpo de enfermagem.

RELATO DE CASO

Paciente G. S. G., masculino, 18 anos de idade, admitido no hospital dois dias após grave acidente com motocicleta. Inicialmente atendido em hospital no interior, foi realizado drenagem do tórax por pneumotórax e estabilização para transferência. Constatou-se fratura de coluna em C3 a T3 e T8 esta com deslocamento de fragmento ósseo para o canal medular. Ausência do membro superior direito, extensa área cruenta da região do ombro direito à região abdominal próximo à cicatriz umbilical. Exposição dos arcos costais e da porção lateral direita do esterno, o terço proximal da clavícula preservado. Presença de dreno no nível do sétimo arco costal. Estado geral comprometido. A primeira abordagem foi do neurocirurgião para imobilização da coluna. Foi iniciado curativo à vácuo. A fisioterapia respiratória e mecânica, clínica médica, psicóloga e a nutricionista atuam para melhora do estado geral. Com evolução do tecido de granulação decide-se pelo implante de expansores na região torácica contralateral e na região abdominal. Expansões semanais de foram realizadas até se completa expansão destes. Posteriormente com a remoção do dreno torácico, melhora do estado geral e suspensão do curativo sob pressão negativa foram removidos os expansores. Retalhos de foram realizados para redução da área cruenta. Posteriormente foi realizado enxertos de pele parcial com integração satisfatória, exceto no local de colocação de saída dreno. Preparo e nova enxertia de pele levou à completa cicatrização.

DISCUSSÃO

Equipe multidisciplinar é indispensável aos tratamentos dos politraumatismos. Nos casos de ferimentos complexos deve-se estabelecer um plano terapêutico privilegiando a etiologia, o aspecto da lesão, sua extensão, o grau de contaminação e a presença de exsudato. O curativo sob pressão negativa estimulam a granulação, induzem à redução da ferida e diminuem a resposta inflamatória local. A abordagem precoce favorece a recuperação do paciente, minimizam o tempo de cura, o tempo de hospitalização e consequentemente redução dos custos.