Dados do Trabalho
TÍTULO
MASTOPEXIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIATRICA: UMA REVISAO DAS PRINCIPAIS TECNICAS.
OBJETIVO
Revisar as técnicas cirúrgicas utilizadas hodiernamente nos procedimentos de mastopexia em pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica prévia, no intuito de entender as condutas do cirurgião de acordo com a individualidade de cada técnica.
MÉTODO
O estudo consiste em uma revisão sistemática de artigos das bases SciELO, LILACS, PubMed e Bireme, disponíveis na íntegra em português. Para a pesquisa utilizaram-se os descritores “Técnicas de mastopexia”, “Mastopexia”, “Pós-bariátrica” e “Evolução da técnica de mastopexia”.
RESULTADOS
Foram encontrados 49 artigos, dentre os quais elegeram-se 7 para a presente revisão. Em razão da variedade de aspectos mamários, há diferentes técnicas de mastopexia para correção de variados graus de ptoses. As técnicas apresentam sempre os objetivos de promover o preenchimento do volume mamário, com tecido autólogo ou prótese, e o reposicionamento do complexo areolopapilar (CAP). Na literatura, os autores entram em consenso para o tratamento das ptoses citadas. As ptoses de grau I são tratadas com a técnica de ressecção periareolar, enquanto que as de graus II e III são tratados pela técnica em T-invertido, retalhos tipos I e III de Ribeiro, com inclusão de implantes mamários. O retalho tipo I tem a forma retangular e é vascularizado pelas artérias perfurantes do 4º ao 7º espaços intercostais e ramos da artéria mamária interna. O retalho tipo III é triangular, ou losangular, e é indicado quando deseja o aproveitamento máximo do tecido. Este tipo de retalho possui suprimento vascular semelhante ao do tipo I, tendo ainda suprimento secundário randômico do plexo subdérmico de sua porção inferior. Já as ptoses com perda de volume significativa, com flacidez cutânea e excesso toracolateral, são tratadas com uma técnica que remodela o parênquima. Se trata de uma mastopexia com fixação dérmica e remodelação do parênquima, associada ao aumento com tecido autólogo, na qual utiliza o excesso de tecido do prolongamento toracolateral da mama. Esta técnica possui como vantagem a economia por não usar prótese, o tratamento da região toracolateral e ainda a manutenção do preenchimento do polo superior por tempo mais prolongado, devido a fixação dérmica do retalho central ao periósteo da segunda costela.
CONCLUSÕES
A classificação dos graus de ptose mamária ou de mama pós bariátrica tem sua importância, visto que esta é a primeira etapa do planejamento e guia o cirurgião na definição da técnica aplicada na mastopexia. Assim, as técnicas se apresentam de formas específicas e variadas, alçando o objetivo de reposicionar o CAP, preencher o volume mamário e manter o melhor suprimento sanguíneo ao tecido realocado. Dessa forma, fornecem de forma completa as diferentes opções para possibilitar o tratamento direcionado à peculiaridade de cada caso, devendo, portanto, ser associadas à precisão e conhecimento teórico da equipe para promover a escolha do procedimento mais apropriado.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)
Instituições
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - Tocantins - Brasil
Autores
Rafaella Sousa Araujo, Juliana Oliveira da Silva , Andressa Kellen Andrade Pontes Amorim, Adnaya Duarte Rosa, Luís Augusto Franzão Vasconcelos , Diego Henrique Oliveira Dornelas , Daniel Nunes Bastos Cândido de Sá , Stéphane Lima Rabahi