TÍTULO

COMPARAÇAO ENTRE AS TECNICAS HEMOSTATICAS DE LIGADURA FALSA E CLAMPEAMENTO NO DANO HEPATICO PROVOCADO POR ISQUEMIA HEPATICA TOTAL EM RATOS WISTAR

OBJETIVO

Comparar os efeitos causados por diferentes técnicas hemostáticas de ligadura falsa e clampeamento no dano hepático provocado por isquemia hepática total em ratos Wistar

MÉTODO

Neste estudo foram utilizados 15 ratos (Rattus norvegicus) da linhagem Wistar, machos, adultos, com aproximadamente 120 dias de idade, pesando entre 250g e 300g, provenientes do Biotério do Instituto Evandro Chagas, os animais foram distribuídos em 3 grupos contendo 5 animais cada, grupo controle (GC) sem nenhum procedimento, e mais dois grupos com a realização de uma laparotomia longitudinal mediana xifopúbica, sendo realizado posteriormente a manobra de pringle, para realização da isquemia hepática por 30 minutos e após 2 horas de reperfusão, assim o grupo Ligadura Falsa (GL) utilizava um fio de seda, dois-zero, em torno do pedículo hepático para realização da isquemia, e o grupo clampeamento (GC) utilizava micro-clamp vascular no pedículo hepático. Após esses procedimentos foram retirados os fígados dos animais, sendo fixado em formaldeído a 10% e coradas pela técnica de hematoxilina-eosina para analise histológica, e posteriormente foram quantificados os achados histológicos por meio do escore de Quireze.

RESULTADOS

Nos grupos estudados não foi encontrado necrose celular em nenhum dos grupos, foram encontrados mais danos histológicos no grupo que utilizou o clamp vascular, apresentando mais congestão de hemácias (± 2,62 hemácias por campo), em comparação com o grupo controle ( ± 0,28 hemácias por campo) e no grupo ligadura falsa (±1,52 hemácias por campo), também foram achados diferenças estatísticas a hemorragia sinusoidal, mais evidente no grupo que utilizou o clamp vascular. Em relação aos outros achados histológicos, como retração e esteatose hepatocelular, não houve diferença estatística entre os dois grupos que sofreram procedimentos

CONCLUSÕES

Assim, as lesões hepáticas, em especial da microvascularização hepática, acontecem em ambos as técnicas de isquemia hepática, apresentando maiores danos histológico a técnica que utilizou o clamp vascular, mostrando assim a ligadura falsa ser um método menos lesivo para o fígado após a manobra de Pringle.