Dados do Trabalho
TÍTULO
APENDICITE NA GRAVIDEZ
OBJETIVO
Abordar a apresentação clínica, o diagnóstico, tendo em conta as evidências mais recentes.
MÉTODO
Realizamos uma revisão de literatura nas bases de dados do LILACS e Google Acadêmico, incluindo artigos de 2014 a 2018, tendo como descritor “apendicite em gestantes”. Foram encontrados 1.420 artigos, após leitura do título e resumo foram utilizados 30 artigos para nossa revisão.
RESULTADOS
A apendicite aguda é a causa mais comum de dor abdominal que exige ação cirúrgica. O diagnóstico precoce é essencial para decrescer a morbidade da doença, cuja mortalidade é menor que 1%. Regularmente os sintomas e achados de exames laboratoriais são atribuídos às mudanças próprias da gravidez, atrasando a cirurgia. Apendicite apresentou-se comum entre adultos jovens, seus sintomas clássicos estão em 60% dos casos. Regularmente, a dor é dita, a princípio, como cólica leve, com duração usual de quatro a seis horas, localizada na região periumbilical ou epigástrica, situando-se no quadrante inferior direito, não encontrando diferenças nos sinais clínicos, sintomas e/ou testes laboratoriais. Em 60% dos casos surgem vômitos, náuseas e anorexia. Conforme a gravidez evolui a dor aparece com uma localização mais imprecisa, sempre mais forte no flanco direito ou na fossa ilíaca direita. O diferencial é que o útero em expansão desloca o apêndice para cima e para o lado, colocando-o por trás do útero e do ligamento largo. Assim, o ponto de maior sensibilidade fica encoberto pelo ligamento largo, atrapalhando o diagnóstico. A dor à descompressão brusca é mais generalizada e o sinal de Rovsing apresenta uma regularidade maior de positividade (provavelmente pela diminuição do espaço entre o ceco e o útero gravídico). A rotura do apêndice ocorre em 10% no 1º trimestre, aumentando para 40% no 3º, mas a mortalidade é inferior a 10%. O diagnóstico continua sendo clínico. A realização de exames complementares tem como propósito evidenciar o diagnóstico, tendo a propedêutica complementar a leucocitose moderada de 10.000 a 18.000 células/mm³, com desvio para a esquerda.
CONCLUSÕES
A apendicite na gestação continua sendo problema médico de importância e de elevada prevalência. Seu diagnóstico continua sendo clínico, apesar da evolução tecnológica, como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada.
Área
URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS
Instituições
unirv - Goiás - Brasil
Autores
Izabella Rodrigues Amorim, Paulo Grossi Soares, Thais Grossi Soares