TÍTULO

ASSOCIAÇÃO ENTRE ENDOCARDITE BACTERIANA E CARCINOMA COLORRETAL, UMA REVISÃO

OBJETIVO

O presente estudo objetivou verificar a influência da endocardite bacteriana nas neoplasias malignas do cólon.

MÉTODO

Realizou-se uma revisão de literatura nos sites de pesquisa PubMed, Bireme, Medline e Scielo com os seguintes descritores: “Endocardite Infecciosa”, “Endocardite Bacteriana”, “Carcinoma Colorretal” e “Neoplasia Maligna”. Selecionou-se artigos nos idiomas português, espanhol e inglês, publicados entre os anos de 2006 a 2018, dos quais 16 foram selecionados por atenderem aos critérios da pesquisa.

RESULTADOS

A endocardite infecciosa é uma doença em que microorganismos invadem a superfície endocárdica, produzindo inflamação e danos. Geralmente acomete pacientes com idade superior a 60 anos, e apresenta uma morbimortalidade significativa. Tem predileção pela valva aórtica e sua principal complicação é a insuficiência cardíaca congestiva. A literatura alerta para a necessidade de investigação de lesões cólicas nesses doentes, devido a sua associação com neoplasias colerretais. Acredita-se que patógenos oportunistas intestinais poderem ter um papel promotor na hiperproliferação celular aberrante em lesões cólicas pré-neoplásicas, aparentemente devido a processos inflamatórios crônicos e produção de metabolitos carcinogênicos. Além disso, esses microorganismos pode formar biofilmes, expressar pilos específicos para colonizar os tecidos do hospedeiro e produzir uma bacteriocina específica, permitindo a morte de bactérias comensais no cólon murino. Portanto, quando houver confirmação diagnóstica de endocardote bacteriana, a busca por uma alteração patológica no intestino grosso deve ser indispensável. Para isso, destaca-se a importância da colonoscopia, completa e detalhada, mesmo em indivíduos assintomáticos. O estudo do aparelho colorretal deve ser rotineiro, pois mesmo em exames normais o aparecimento tardio dessas lesões, pode ser observado em torno de 2 a 4 anos após o episódio infeccioso.

CONCLUSÕES

Dessarte, o conhecimento dessa associação tem aplicações clínicas importantes para aumento da sobrevida do paciente, pois a descoberta da lesão em um estádio inicial cominará no atenuamento das complicações e na possibilidade de uma extirpação curativa do carcinoma colorretal.

Área

COLOPROCTOLOGIA