Dados do Trabalho


TÍTULO

COMPLICAÇOES POS-COLECISTECTOMIA, CONVENCIONAL OU VIDEOLAPAROSCOPICA EM HOSPITAL ESCOLA DE REFERENCIA REGIONAL NO ESPIRITO SANTO

OBJETIVO

Avaliar complicações pós-colecistectomia, convencional ou videolaparoscópica em hospital escola de referência regional no Espírito Santo

MÉTODO

Os dados foram coletados do banco de dados de prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia,valendo-se das seguintes variáveis: faixa etária, sexo, permanência hospitalar, tipo de cirurgia realizada, exame anatomopatológico, transfusão sanguínea intra ou extraoperatoria, complicações pós-operatórias, permanência em Unidade de Terapia Intensiva e óbito. Na análise estatística: o teste Qui-Quadrado de Pearson e teste de Fisher (variáveis categóricas). O teste de Kruskal-Wallis e Man-Whitney foram usados para as variáveis independentes. Valor de p < 0,05.

RESULTADOS

Foram analisados 228 prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia no período de março de 2018 à dezembro do mesmo ano, Notou-se predomínio da colecistectomia laparotômica em relação à laparoscópica. Contudo, quando comparada a escolha da via de acesso, não houve significância estatística (p-valor: 0,074) que corroborasse hipótese inicial.
Segundo algumas referências a frequência do feminino nos pacientes submetidos a colecistectomia varia de 61,9 a 90%. Tal dado parece de acordo com a casuística desse estudo, o qual apresentou sendo 72,4% do sexo feminino. Por conseguinte, a relação feminino: masculino dessa
amostra corresponde a 4:1. A média de idade foi de 44,3 anos. O diagnóstico de colelitíase esteve presente em 88,3% dos laudos de ultrassonografia ou tomografia computadorizada. A colecistectomia laparoscópica foi realizada em 30,1% dos pacientes. Permanência hospitalar foi de 4 dias. Laudo anatomopatológico de colecistite crônica calculosa acima dos 15 anos (p=0,005). As complicações pós operatórias foram semelhantes entre a colecistectomia laparoscópica e convencional (p=0,898). O tempo de permanência hospitalar sofreu influência significativa da via de acesso (p=0,006), sexo do paciente (p=0,008) e faixa etária (p=0,007). Complicações pós-cirúrgicas (incluso óbito) são mais prevalentes
conforme progressão etária (p=0,0015). Principais complicações evidenciadas foram seroma e infecção de ferida operatória.

CONCLUSÕES

Ao final da referida pesquisa, por se tratar de uma instituição pública interiorana, houve predomínio da técnica laparotômica, como se observa na maioria das instituições similares em nosso país, embora, do mesmo modo evidencia-se índices de mortalidade e de complicações similares à literatura internacional. Portanto, nos amparamos na premissa que disponibilizar -se de uma equipe multiprofissional parece ser essencial na sobrevida desses pacientes, pois essa medida objetiva resolução efetiva quanto as complicações além de diminuição da permanência hospitalar.
Com relação a este estudo, concluímos que a meta é estabelecer em nossa instituição o diagnóstico e tratamento cada vez mais precoce, otimizando assim, a consequentemente redução da taxa de morbimortalidade no pós-operatório.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

HOSPITAL MATERNIDADE SÃO JOSÉ - Espírito Santo - Brasil

Autores

RAUL EDMO TEIXEIRA AMITI, ANDRÉ LIMA JORDÃO , LUIZ ALVES SILVA NETO , THIAGO MARINHO CASAGRANDE, JOÃO CARLOS NEPOMUCENO GONÇALVES, ALESSANDRO CÁSSIO GALVÃO MACEDO , GABRIELA ARAUJO FABER DA SILVA , ÉVELIN SANTOS FIGUEIREDO LIMA