Dados do Trabalho


TÍTULO

GASTROENTEROANASTOMOSE COM ENTEROANASTOMOSE DEVIDO ULCERA CRONICA

INTRODUÇÃO

A úlcera gastroduodenal (UGD) decorrente de estenose duodenal é de frequência considerável. Além disso, os pacientes com tal enfermidade apresentam sintomas crônicos, os quais geram qualidade de vida pífia aos mesmo. A necessidade de tratamento cirúrgico da úlcera gastroduodenal tem vindo a decrescer. Contudo o mesmo tem papel primordial nas complicações da UGD: perfuração, hemorragia, estenose e intratabilidade.

RELATO DE CASO

Paciente, sexo feminino, 20 anos. Apresentava queixa de epigastralgia e vômitos persistentes, agravada após ingestão de alimentos. Além de perda significativa de peso durante o período. Além de possuir queixa dispéptica há aproximadamente um ano. História de ressecção cirúrgica neurológica para retirada de tumor na coluna lombar (Schwannoma) há 04 anos, cursando com paraplegia. Ao exame físico, paciente apresentava-se desnutrida (IMC=16) e no exame de abdome, apenas com dor a palpação no epigástro. Foram solicitados exames laboratoriais, Ultrassonografia (USG) de abdome superior e Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e Seriografia de Esôfago, Estômago e Duodeno (SEED). A EDA evidenciou a presença de úlcera pré-pilórica em atividade com estenose duodenal. A USG concluiu a presença da vesícula com bile espessada. A SEED ilustrou a falha de enchimento na transição piloro-duodenal. Com hipótese diagnóstica de distúrbio de motilidade do estômago. Foi submetida a uma gastroenteroanastomose com enteroanastomose vídeolaparoscópica, com colescistectomia. No pós-operatório, paciente persistiu com vômitos, sendo submetida à SEED mostrando a regularização do trânsito intestinal. No 15º dia de pós operatório, os vômitos se apresentavam em menor intensidade, sendo inserida uma sonda nasoenteral guiada por EDA, possuindo evolução favorável.

DISCUSSÃO

A estenose ou obstrução à drenagem gástrica é o resultado do edema e da cicatrização no bulbo duodenal ou piloro, sendo muitas vezes evidenciadas por séria dismotilidade do trânsito intestinal. A sua abordagem inicial é conservadora, com descompressão gástrica colocando uma sonda naso-duodenal, a administração de inibidores da bomba de protons de forma a reduzir o processo inflamatório. A cirurgia poderá estar indicada quando a patologia for refratária às medidas anteriormente descritas ou em casos de urgência ou maiores complicações. A gastroenteronastomose com enteroanastomose visa poupar a porção duodenal comprometida com a estenose do transito alimentar, permitindo uma maior qualidade de vida ao paciente.

Área

INTESTINO DELGADO

Instituições

CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES (UNIT) - Alagoas - Brasil

Autores

Antonio Lopes Muritiba Neto, Maria Lavínia Brandão Santiago, Tadeu Gusmão Muritiba, Tadeu Gusmão Muritiba Filho, Vinicicius Couto Albuquerque Melo, Marcella Duarte Malta, Amanda Maia Barbosa Leahy, Carlos Sérgio Sampaio Almeida