Dados do Trabalho


TÍTULO

ESOFAGECTOMIA TORACOSCOPICA PARA A CIRURGIA ROBOTICA ASSISTIDA: EVOLUÇAO?

OBJETIVO

A esofagectomia minimamente invasiva assistida por cirurgia robótica, tanto transtorácica quanto a via trans-hiatal são opções técnicas para o manejo da neoplasia de esôfago. O conceito de esofagectomia e linfadenectomia extensa com baixa morbidade, impulsionada pela esofagectomia videotoracoscópica tradicional, está agora focada nas novas abordagens robóticas.
Este trabalho tem por objetivo avaliar evolução para cirurgia robotica assistida e sua factibilidade, analisando dados como mortalidade e complicações pós operatórias

MÉTODO

Métodos: Quarenta e um casos de esofagectomias robóticas foram estudados. A abordagem robótica abdominal e torácica foi realizada em 37 e a abordagem abdominal trans-hiatal, em 5. Conversão para procedimentos abertos ou laparoscópicos, a morbidade e mortalidade, bem como a extensão da linfadenectomia foram avaliados. Estes dados foram comparados com os primeiros 154 casos de MIE operados pela mesma equipe cirúrgica.

RESULTADOS

Resultados: Trinta e nove casos de esofagectomia robótica eram Adenocarcinoma Siewert I ou II. Trinta e quatro casos foram submetidos a terapia prévia neoadjuvante: MAGIC (7) ou CROSS (27). Não houve conversão para laparoscópicos ou procedimentos abertos. Nenhum paciente recebeu transfusão de sangue. Uma complicação foi observada: rotação parcial da gastroplastia no tórax, que necessitou de abordagem toracoscópica sétimo dia de pós-operatório. A mortalidade em 90 dias foi zero. Os número médio de linfonodos ressecados foi de 40 (22-76). Na via trans-hiatal o número médio de linfonodos dissecados foi de 23, contra 43 no grupo toracoscóptico. No grupo não-assistido por robótica, as complicações foram: respiratória (26,2%), infecciosa (8,4%), fístula cervical (17,7%), paralisia das cordas vocais (8,4%). A mortalidade em 30 e 90 dias foram, respectivamente, um (0,93%) e 3 (2,8%). O número médio de linfonodos dissecados foi de 31,6 (DP±14,3). A sobrevida global em cinco anos foi de 69% (IC 95%: 57% - 83%), 75% no estágio 0 / I / II e 42% no III / IV

CONCLUSÕES

Os dados sugerem que as propostas técnicas assistidas por cirurgia robótica, tanto com toracoscopia quanto trans-hiatal, são seguras e com baixas taixas de mortalidade. O número de linfonodos ressecados foi igual ou maior do que o praticado pela cirurgia não-assistida por robótica. Não houve mortalidade ou complicações severas em pacientes idosos submetidos à esofagectomia assistida por robótica.

Área

ESÔFAGO

Instituições

USP - São Paulo - Brasil

Autores

Rubens Antonio Aissar Sallum , Flávio Roberto Takeda , Yasmin Navarro, Gustavo Yogolare, Francisco Tustumi , Ulysses Ribeiro Junior, Ivan Cecconello