TÍTULO

ANALISE DA MORTALIDADE POR CANCER DE TIREOIDE NO BRASIL NO PERIODO DE 2012 A 2016

OBJETIVO

Investigar os indicadores de mortalidade por câncer no Brasil entre 2012 e 2016 para melhor evidenciar a epidemiologia da enfermidade.

MÉTODO

Estudo documental com base nos dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e no banco de dados do Instituto do Câncer (INCA), sendo avaliadas as variáveis: sexo, raça, idade, estado de residência e ano de internamento. Foram utilizadas taxas ajustadas por idade pela população brasileira.

RESULTADOS

No Brasil, entre 2012 e 2016 foram registrados 3556 óbitos por câncer de Tireoide representando 0,06% do total. Neste período houve um aumento de 20% da taxa bruta de mortes pela neoplasia. Do total de casos, 41,45% foram no Sudeste, 29,58% no Nordeste e 16,39% no Sul. No entanto, as regiões com maior taxa de mortalidade foram a Sul, Nordeste e Sudeste, com, respectivamente, 0,44, 0,41 e 0,30 casos por 100.000 habitantes. Ainda, os estados com maiores médias de mortalidade no período estudado foram o Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, com, respectivamente, 0,58, 0,51, 0,48 e 0,37 casos por 100.000 habitantes. Foi evidenciado que as mulheres possuem uma taxa bruta de óbito duas vezes maior que a dos homens (0,47/100.000 hab. para as mulheres contra 0,23/100.000 para os homens). Esta taxa nitidamente cresce com a idade do paciente, atingindo valor máximo (5,56/100.000 hab.) acima dos 80 anos. Além disso, 59,81% dos óbitos foram de brancos, 33,02% pardos, 6,34% pretos, 0,5% amarelos e 0,3% indígenas. Foi observado predomínio das raças branca , preta e amarela na região sudeste, parda na nordeste e indígena na norte.

CONCLUSÕES

A neoplasia maligna de tireóide corresponde ao principal tipo de câncer do sistema endócrino. Esta, por sua vez, tem aumentado em incidência nos últimos anos. No Brasil, estimam-se 1.570 (0,7% do total de neoplasias) casos novos de câncer de tireoide no sexo masculino e 8.040 (4% do total de neoplasias) para o sexo feminino para 2019. No presente estudo foram analisados os dados coletados nas plataformas DATASUS e INCA os quais foram interpretados e comparados a literatura existente. Dos dados analisados identificou-se aumento na mortalidade, havendo uma prevalência maior no sexo feminino equivalente a 67,7% e taxa de mortalidade duas vezes maior que a masculina. Além disso, foi possível observar uma curva ascendente na taxa de óbito quando comparada à idade do paciente. Foi identificado predomínio da raça branca, com quase dois terços dos casos. Compreender o perfil epidemiológico desta patologia é de suma importância para realização do diagnóstico precoce e determinação da conduta mais apropriada.