Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE DOS FATORES PROGNOSTICOS PARA RESPOSTA A TERAPIA NEOADJUVANTE NO CARCINOMA DE ESOFAGO.
OBJETIVO
Introdução: A terapia neoadjuvante para carcinoma de esôfago tem resposta variável para cada paciente. A resposta a neoadjuvância pode ser avaliada clinicamente por meio da melhora da disfagia ou melhora dos parâmetros nutricionais; na redução do volume tumoral pós-neoadjuvância; ou resposta patológica na peça cirúrgica. A interrelação entre esses parâmetros de resposta a neoadjuvância não é bem estabelecida, e podem ser úteis como fatores prognósticos para a resposta a terapia neoadjuvante. O presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores prognósticos para terapia neoadjuvante no carcinoma de esôfago
MÉTODO
Foi feito uma análise retrospectiva de tumores de esôfago submetidos à neoadjuvância
RESULTADOS
Foram analisados 153 pacientes. Do total, 34% foi adenocarcinoma e 66%, carcinoma espinocelular (CEC). Esteve relacionado com melhor prognóstico para sobrevida global pacientes com resposta patológica completa (p=0,001). Não esteve relacionado a maior chance de sobrevida pacientes com perda de peso maior que 10% do peso corpóreo pré-diagnóstico (p=0,731); a variação de peso durante a terapia neoadjuvante (p=0,517); nem a melhora ou não da disfagia com a neodjuvância (p=0,649). Quanto a redução tumoral vista à endoscopia, perda de peso maior que 10% pré-diagnóstico (p=0,934); recuperação do peso durante neoadjuvância (p=0,081); melhora da disfagia após neoadjuvância (p=0,226); e tipo histológico (p=0,266) não tiveram relação com melhor resposta endoscópica após terapia neoadjuvante. Quanto a análise da resposta patológica, o esquema de quimioterapia com cisplatina e paclitaxel esteve associado a maior chance de resposta patológica completa (p=0,019). CEC esteve associado a maior chance de resposta patológica completa com a neoadjuvância (p<0,001). A perda de peso maior que 10% pré-diagnóstico (p=0,916); a recuperação de peso durante a neoadjuvância (p=0,959); e a melhora da disfagia durante a neoadjuvância (p=0,082) não estiveram associados a maior chance de resposta patológica completa
CONCLUSÕES
A recuperação de peso após neoadjuvância e a melhora da disfagia após neoadjuvância não estão associados a maior sobrevida, a maior chance de resposta endoscópica, nem a maior chance de resposta patológica completa. O esquema de quimioterapia com cisplatina e paclitaxel esteve associado a maior chance de resposta patológica completa. O CEC esteve associado a maior chance de resposta patológica completa com a neoadjuvância.
Área
ESÔFAGO
Instituições
USP - São Paulo - Brasil
Autores
Flávio Roberto Takeda , Yasmin Navarro, Gustavo Yogolare, Francisco Tustumi, Ulysses Ribeiro Junior , Rubens Antonio Aissar Sallum, Ivan Cecconello