Dados do Trabalho


TÍTULO

RESULTADOS DA ESOFAGECTOMIA DE RESGATE EM UM UNICO CENTRO ONCOLOGICO.

OBJETIVO

Introdução: Neoplasia de esôfago avançada é uma está frequentemente ligada a altos índices irressecabilidade e de recidiva. Desta forma, a neoadjuvância e a esofagectomia de resgate tem se tornado uma opção viável para tais tumores, aumentando chance de ressecabilidade.
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo analisar os resultados da esofagectomia pós terapia neoadjuvante e da esofagectomia de resgate em um único centro oncológico.

MÉTODO

Foi feito uma análise retrospectiva de tumores de esôfago em seguimento em um único centro oncológico, submetidos à neoadjuvância ou esofagectomia de resgate. Foram incluídos somente pacientes com adenocarcinoma ou carcinoma espinocelular.

RESULTADOS

Foram analisados 138 pacientes, com idade media de 60,2 anos (37-84). Do total, 31,9% foi adenocarcinoma e 68,1% foi carcinoma espinocelular. Desses pacientes, 14 pacientes foram submetidos a esofagectomia de resgate. Dos pacientes submetidos a neoadjuvância convencional, a maioria seguiu o esquema CROSS trial. Em casos submetidos a neoadjuância convencional, a resposta patológica completa ocorreu em 39,7% dos casos. A mediana entre o fim da terapia neoadjuvante e a esofagectomia foi de 13 semanas (interquartil 9,7-18,6). Em casos de esofagectomia de resgate, a mediana foi de 38,4 semanas (interquartil 17,1-53). Comparando a sobrevida global entre os grupos de cirurgia de resgate e de neoadjuvância convencional, não houve diferença estatisticamente significante (p=0,399). Comparando grupo de cirurgias transtorácica com trans-hiatal, o número de linfonodos dissecados foi maior na via transtorácica (22 vs. 15; p<0,001). Não houve diferença de risco entre esses grupos quanto ao risco de recidiva (p=0,657).

CONCLUSÕES

Não houve diferença quanto a sobrevida global em pacientes submetidos a neoadjuvância convencional ou esofagectomia de resgate. Na cirurgia transtorácica, o número de linfonodos dissecados é maior, mas se a indicação cirúrgica for correta, não há diferença de risco para recidiva entre as vias de acesso transtorácica ou trans-hiatal.

Área

ESÔFAGO

Instituições

USP - São Paulo - Brasil

Autores

Flávio Roberto Takeda, Yasmin Navarro, Gustavo Yogolare, Francisco Tustumi, Ulysses Ribeiro Junior , Rubens Antonio Aissar Sallum , Ivan Cecconello