Dados do Trabalho
TÍTULO
USO DE SPLINTS INTRANASAIS APOS CIRURGIA: UMA REVISAO BIBLIOGRAFICA
OBJETIVO
O objetivo deste estudo é definir as indicações técnico-operatórias e demonstrar as vantagens e desvantagens do uso "Splint" intranasal nas cirurgias nasais.
MÉTODO
Foi feita uma revisão sistemática de 11 artigos científicos da base de dados Scielo, publicados entre os anos 2005 e 2018 e encontrados utilizando os termos: nasal obstruction, septoplastia, splints nasais, turbinectomia inferior.
RESULTADOS
As cirurgias nasais tiveram início no século XIX e desde então vêm sendo modificadas e aperfeiçoadas. As técnicas utilizadas têm procurado oferecer o máximo de melhora funcional e respiratória, preservando outros aspectos fisiológicos do nariz. Os "Splints" intra nasais, são dispositivos de característica laminar, maleáveis ou não, que podem ser empregados no interior ou exterior da cavidade do nariz. São amplamente usados em Cirurgia Nasal e principalmente indicados a fim de prevenir sinéquias, hemorragias pós-operatórias e hematomas, além de dar suporte na reconstrução do septo nasal e nos casos de nariz desviado. As indicações mais encontradas para o uso de Splints foram: septoplastias, turbinoplastia, cirurgia do meato médio, microcirurgia transnasal e cirurgia das conchas. Algumas das vantagens apontadas pelo seu uso foram o baixo índice de desconforto e de dor local, pouca formação de crostas, menor incidência de sangramento no pós-operatório e diminuição das sinéquias cicatriciais, além de serem mais facilmente colocados e removidos e de terem um baixo custo. A maior parte dos Splints utilizados são feitos a partir de filme de Raio-X ou de frascos de soro, embora possam ser de silicone. Os splints feitos a partir de filmes de raio X, ainda que eficientes e de baixo custo, possuem algumas desvantagens por ser de um material muito delgado, podendo provocar ferimentos no interior da cavidade nasal, além de provocar um certo desconforto na sua remoção e dificultar a adequada visualização da mucosa. Já em relação ao tempo de permanência dos splints, embora ainda não haja consensos sobre o tempo ideal até sua retirada, sua utilização prolongada demonstrou maior relação com o risco de perfuração septal. Dessa forma, sua remoção é usualmente recomendada assim que possível, como forma de prevenir tais perfurações.
CONCLUSÕES
Os splints intranasais têm sido amplamente utilizados como alternativa aos tampões tradicionais após cirurgias nasais. Ele apresenta diversos benefícios no pós-operatório e, como é de baixo custo, possui ampla distribuição e fácil acesso, o que poderia diminuir a incidência de sinéquias e hemorragias nos pacientes, garantindo seu maior conforto. Ainda sim, embora sua utilização seja ampla e benéfica, ainda faltam consensos para padronizar sua técnica e também seu tempo de retirada, a fim de diminuir possíveis complicações.
Área
CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO
Instituições
PUC - Goiás - Brasil
Autores
Ana Carolina Carnio Barruffini, Bárbara Sofia Ferreira Diniz, Bruna Viegas Amaral Amorim, Lorena de Souza Cardoso, Ludmila Campos Vasconcelos, Mariana de Oliveira Inocente Aidar, Rafaela Borges de Freitas, Vanessa Oliveira Silva