TÍTULO

EXCISAO DO CISTO DE RANULA EM PACIENTE NEONATAL : RELATO DE CASO E REVISAO DA LITERATURA

INTRODUÇÃO

Rânula congênita representa uma rara malformação cística visualizada na cavidade oral. É um pseudocisto retentivo habitualmente localizado no espaço sublingual entre o músculo milo-hioideo e a mucosa da língua, proveniente do em extravasamento de mucina após um trauma na glândula sublingual ou obstrução dos seus ductos. Sua prevalência está estimada em 0,74%. Poucos casos de diagnóstico pré-natal têm sido relatados na literatura. Retrata-se de uma rânula congênita diagnosticada por ultrassonografia durante o período de gestação e acompanhando do seu tratamento por meio da técnica de marsupialização.

RELATO DE CASO

Gestante, realizou ultrassonografia obstétrica com 20 semanas, que revelou uma massa cística. Ao nascimento, o neonato apresentou aumento de volume em todo assoalho bucal com deslocamento superior da língua, indolor, com dificuldade de sucção e deglutição, sugestivo de lesão do tipo cisto de rândula congênita. Foi realizado a cirurgia de excisão de rânula com a técnica de marsupialização, técnica cirúrgica de primeira escolha. Tendo em vista tratar-se de uma técnica conservadora, buscando a facilidade para execução, menos tempo operatório, pouca invasiva, probabilidade de recidiva baixa e que devido à grande proporção da rânula, proporcionaria uma menor chance de lesar as estruturas anatômicas descritas. A cirurgia foi realizada com sucesso e sem intercorrência, após 15 dias de internação e acompanhado por equipe multidisciplinar, recebeu alta com boa sucção em seio materno e bom estado geral.

DISCUSSÃO

O relato tem o intuito de mostrar que há possíveis complicações decorrentes da rânula e compreende um desconforto para o paciente, aumenta a região sublingual, perde a simetria facial, prejuízo na alimentação, bem como interfere na fonação. Outras enfermidades podem ter o mesmo perfil citadas, confundindo o diagnóstico clínico, para evitar tal situação o exame clinico fornece dados suficientes para o reconhecimento da patologia tendo como base a história, evolução clínica e manobras de semiotécnica. O correto diagnostico é fundamental para tratamento precoce.