Dados do Trabalho


TÍTULO

CANCER GASTRICO BORRMANN III: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O câncer gástrico é o segundo mais comum no mundo perdendo só para o de pulmão, no Brasil, aparece em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as mulheres. A incidência aumenta com a idade e é duas vezes maior no sexo masculino, com pico próximo aos 70 anos. Os principais fatores predisponentes são: consumo de alimentos conservados no sal, defumados ou malconservados, baixo nível socioeconômico, tabagismo, sexo masculino, cirurgia gástrica previa, gastrite atrófica, infecções recorrentes por H. pylori e história familiar. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, responsável por 95% dos casos e a principal opção de tratamento trata-se da ressecção gástrica total ou subtotal e linfadenectomia. As cirurgias para os tumores avançados apresentam mortalidade de até 10%.

RELATO DE CASO

J.B.S. 63 anos, pardo, apresentando quadro de plenitude gástrica associada a náuseas que persistia após horas de jejum, com início há um ano e dor epigástrica pós-prandial, iniciada há 4 meses. Histórico de perda de 6 quilos em 3 mês. Tabagista e etilista de longa data. Realizada EDA que apresentou “Lesão ulcerada, infiltrativa, friável, recoberta por fibrina espessa, de limites imprecisos, medindo 4 cm, localizada no corpo gástrico estendendo-se pela pequena curvatura - BORRMANN III. Lesão plano-deprimida em grande curvatura do antro medindo cerca de 1,5 cm de diâmetro, fundo com tecido de granulação, com convergência e baqueteamento de pregas” e histopatológico: “Adenocarcinoma pouco diferenciada com células tipo “anel de sinete”, ulcerada. Pesquisa de H. pylori +”. Optou-se pela intervenção cirúrgica sendo realizada gastrectomia total com gastroenteroanastomose pré-cólica à Billroth II e linfadenectomia à D2. Paciente evoluiu bem, recebendo alta hospitalar e encaminhado para acompanhamento no ambulatório de oncologia.

DISCUSSÃO

O adenocarcinoma gástrico é uma neoplasia maligna muito prevalente em nosso meio, estando associado à alta mortalidade. A ressecção cirúrgica é a única possibilidade real de tratamento curativo. No entanto, esse objetivo nem sempre é passível de ser atingido, seja pela extensão do tumor no momento do diagnóstico ou pela impossibilidade clínica do paciente. Dessa maneira, é obrigatório considerar com atenção a relação risco-benefício e assim optar pela conduta mais adequada a cada paciente.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

Universidade de Rio Verde - Goiás - Brasil

Autores

Raissa Silva Frota, Amanda Oliva Spaziani, André Fraga Rueda, Leonardo Faidiga, Ricardo Prezotto Trolezi, Ana Carolina Pereira Sabino, Gustavo Rivelli Lamboglia, Clerson Rodrigues Manaia