Dados do Trabalho


TÍTULO

CANCER GASTRICO DE ORIGEM ESTROMAL: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O tumor do estroma gastrointestinal (GIST) é raro, porém é o mais comum do aparelho digestivo . Os GIST podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas inespecíficos, sendo diagnosticados na maioria das vezes através de exames de rotina. O diagnóstico é feito com biópsia e imuno-histoquímica com pesquisa para o CD-117, que é o marcador do GIST. O tratamento devendo ser realizado, por meio de cirurgia para ressecção do tumor e em alguns casos, utiliza-se a quimioterapia

RELATO DE CASO

A.L.M.C, 61 anos, sexo feminino, com queixa de dor em queimação em região epigástrica, apresenta endoscopia com lesão subendotelial ulcerada em fórnix gástrico medindo 5cm e histopatológico revelou úlcera com atividade inflamatória. Realizou uma nova ecoendoscopia após 8 meses que apresentou lesão subendotelial na grande curvatura do corpo proximal logo após passar pela cardia medindo 5 x 4,1 cm. Foi feita uma tomografia computadorizada que revelou lesão em antro gástrico compatível com GIST medindo 4,9 x 3,9 x 4,5cm. Apesar dos resultados demonstrados na TC, pela via endoscópica, visualizou-se que o tumor estava pediculado, uma vez que o antro gástrico não apresentava tumoração, não foi necessário retirar o estômago inteiro, apenas um segmento do fundo gástrico da grande curvatura, guiado por endoscopia digestiva alta transoperatória. O exame histopatológico demostrou neoplasia fusocelular de baixo grau, medindo 5,6 x 3,9 x 3,8cm localizado na submucosa do corpo gástrico. Solicitado exame imuno-histoquímica, que revelou CD177 e CD4 positivos.

DISCUSSÃO

Os tumores estromais gastrointestinais são as neoplasias mesenquimais mais comuns do trato gastrintestinal. O quadro clínico manifestou-se apenas com dor e queimação, apesar de ser comum hemorragia digestiva alta, massa palpável e quadros de perfuração e obstrução intestinal. Os achados imuno-histoquímicas foram semelhantes aos descritos na literatura, mostrando assim uma prevalência do padrão imunológico da doença. Com relação a localização anatômica no tubo digestivo o caso condiz com a literatura que descreve 50% a 60% dos casos no estômago.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

Faculdade de Medicina de Olinda - Pernambuco - Brasil

Autores

Matheus Aguiar Madeiro, Gustavo Menelau Souza, Bruna Rocha Menelau Souza, Aline Tavares Rocha, Larissa Manuelle Vieira Leite, Nailda Muniz Cabral Domiciano, Bruna Moura Santos