TÍTULO

TRAJETO NORMAL DAS ARTERIAS BRAQUIAL E ULNAR E SUAS VARIAÇOES ANATOMICAS ENCONTRADAS NOS CADAVERES DO LABORATORIO DE ANATOMIA HUMANA DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

OBJETIVO

A Anatomia Humana é uma ciência que tem como base o estudo da morfologia do corpo humano sendo responsável por nomear e descrever estruturas em âmbito macroscópico e microscópico, ao longo desses estudos observam-se também a presença de variações anatômicas, que consistem em desvios do padrão de normalidade sem prejuízo funcional para o indivíduo. Um grande número de variações anatômicas podem ser encontradas no corpo, e muitas destas estão relacionadas ao trajeto de artérias, sendo que no membro superior a artéria (A.) braquial e a A. ulnar são possíveis vasos em que variações podem ocorrer. O objetivo deste trabalho é relatar as variações vasculares encontradas em membros superiores de cadáveres do laboratório de anatomia humana da FURB, sendo que o conhecimento destas é de extrema importância e aplicabilidade na prática médica.

MÉTODO

O trabalho foi realizada no período de julho de 2018, utilizando-se de metodologia observacional de cadáveres dissecados no laboratório de anatomia humana da FURB, onde foi observado variações na posição de vasos em membros superiores e os achados foram confrontados com dados presentes na literatura.

RESULTADOS

Os resultados mostram que a A. braquial é uma continuação da A. axilar e normalmente se inicia na margem distal do tendão do músculo redondo maior, terminando a cerca de um centímetro distal à articulação do cotovelo, dividindo-se nas artérias radial e ulnar, em cadáveres estudados foram encontrados casos em que a A. braquial se bifurca no terço proximal do úmero, a cerca de dois centímetros abaixo da margem inferior do músculo redondo maior. No caso da A. ulnar, ela se inicia normalmente a um centímetro distal ao sulco da flexão do cotovelo, atingindo a região medial do antebraço a meio caminho entre o cotovelo e o punho. Uma variação dessa A. encontrada foi em que a A. braquial segue um trajeto normal até a fossa cubital, onde se bifurca em A. radial e A. ulnar.A A. ulnar continua em um estrato superficial a aponeurose do músculo bíceps braquial sendo esse trajeto anterior ao músculo pronador redondo, depois disso ela segue seu trajeto de maneira descendente e superficial ao músculo flexor superficial dos dedos. A partir do terço distal do antebraço, a A. ulnar passa a se curvar mediamente assumindo uma posição profunda ao músculo flexor ulnar do carpo passando a assumir um trajeto normal a partir desse músculo.

CONCLUSÕES

Pode-se concluir que o conhecimento e descrição das trajetórias dos vasos que sofrem variações anatômicas são de grande relevância ao saber dos profissionais de saúde e fundamentais para a correta execução de procedimentos e cirurgias em membro superior.