Dados do Trabalho


TÍTULO

Índice de apendicectomias realizadas no paciente idoso: avaliação retrospectiva de 2008 a 2018 no Hospital Municipal Souza Aguiar.

OBJETIVO

Uma análise retrospectiva da incidência e do perfil epidemiológico, de instituição única, referente a apendicectomias realizadas em pacientes acima de 60 anos que apresentaram apendicite aguda no Hospital Municipal Souza Aguiar, na cidade do Rio de Janeiro no período de 10 anos.

MÉTODO

Estudo observacional retrospectivo de abordagem indutiva dos dados estatísticos, realizado em um hospital na cidade do Rio de Janeiro. Foi realizado um levantamento na base de dados do Hospital Municipal Souza Aguiar no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018. Foram analisados os pacientes de ambos os sexos atendidos pelo Serviço de Cirurgia Geral que foram submetidos à apendicectomia. Do total de procedimentos realizados, 77 pacientes com idade acima de 60 anos portadores de apendicite aguda foram submetidos ao tratamento cirúrgico e os dados foram comparados com os estudos científicos já disponibilizados.

RESULTADOS

O estudo presente contabilizou um total de 910 procedimentos de apendicectomia no período de 10 anos, sendo 542 pacientes do sexo masculino (59,56%) e 268 pacientes do sexo feminino (40,44%). O grupo de pacientes com idade igual ou maior a 60 anos incluiu 77 pacientes (8,46%). Na comparação por sexo entre o grupo de idosos, foram admitidos 40 pacientes do sexo feminino (51,9%) e 37 pacientes do sexo masculino (48,1%). A idade média dos casos do sexo feminino foi de 65,3 anos, já a dos pacientes do sexo masculino, 72,9 anos. A idade média de idosos foi de 68,9 anos. A incidência de apendicite aguda nos pacientes idosos foi similar à maioria dos estudos que analisou este grupo, ou seja, corrobora com um aumento dos casos ao longo da última década.

CONCLUSÕES

A apendicite aguda é a principal causa de abdome agudo cirúrgico em atendimentos de urgência em todo o mundo. Apresentando maior prevalência no sexo masculino e no adulto jovem. Entretanto, nos últimos anos, houve um aumento no número de casos em idosos operados por apendicite aguda. O paciente idoso portador de apendicite aguda apresenta um atraso maior do início dos sintomas e do diagnóstico no período da admissão hospitalar ao procedimento cirúrgico. O tempo operatório mais longo devido a demora no diagnóstico, período de internação hospitalar mais prolongado e um maior número de complicações pós-operatórias apresentam nesse grupo de pacientes uma maior taxa de morbidade e mortalidade.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Larissa Macedo Santos, Andressa Ferreira Martins, Gabrielle Grijó Silva, Ingryd Wenderroschy Cerqueira, Francisco Eduardo Silva