Dados do Trabalho
TÍTULO
MORTALIDADE POR NEOPLASIA DE BEXIGA: COMPARAÇAO DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO ENTRE AS REGIOES DO BRASIL ENTRE 2011 E 2016
OBJETIVO
A presente pesquisa tem como principal objetivo identificar, analisar e comparar o quadro epidemiológico da neoplasia maligna de bexiga entre as regiões do Brasil no período de 2011 a 2016. Vale ressaltar a importância da doença visto que esta é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário e o nono tipo mais incidente, em nível mundial. No Brasil, ganha importância por ser o 6° câncer mais presente em homens.
MÉTODO
Estudo transversal epidemiológico de caráter descritivo e comparativo mediante coleta de dados virtuais registrados no Sistema de Informações de Mortalidade e de Internações Hospitalares do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (TABNET- DATASUS) no Brasil no período de 2011 a maio de 2016. As variáveis do estudo foram ano de óbito, o número de óbitos por câncer de bexiga, sexo, faixa etária e região.
RESULTADOS
Houveram um total de 21.907 óbitos por neoplasia de bexiga no Brasil no período de 2011 a 2016, sendo que houve um crescimento anual dos óbitos. A região Norte apresentou o menor número de óbitos com 3% do total de casos (n:673) e a região sudeste o maior número com 53% (n:11615). No ano de 2016 houve um total de 4.003 óbitos, o que representa um aumento de 22% em relação ao ano de 2011 (3278 óbitos) no Brasil. Todas as regiões brasileiras acompanharam esse crescimento, a região Norte teve um aumento de 45% dos óbitos, a região Nordeste de 25%, a Sudeste de 21% a Sul de 16% e a Centro-Oeste de 30%. Não houve mudança significativa do número de óbitos durante esses anos entre indivíduos de 0 a 59 anos, sendo assim, as faixas etárias entre 60 a 65 anos, 70 a 79 anos e maior de 80 anos são as responsáveis pelo aumento do número de casos. Há destaque para para as regiões nordeste e sudeste na faixa etária de maiores de 80 anos, onde de 2011 até 2016 houve um aumento de 36% no número de óbitos em ambas regiões. Além disso, a faixa etária de 70 a 79 anos na região norte sofreu um aumento de 79% (24 óbitos em 2011 e 43 óbitos em 2016). A proporção entre homens e mulheres manteve-se constante com uma variação de 64% a 71% no sexo masculino e 29% a 36% no sexo feminino em todas as regiões durante os 6 anos. O câncer de bexiga representa 1,2% do total de óbitos por neoplasia na região Norte. 1,4% na região nordeste, 2% na região sudeste 1,9% na região sul e 1,8% na região centro oeste.
CONCLUSÕES
Na maioria dos estudos publicados acerca desse tipo de tumor observa-se predomínio na faixa etária acima dos 60 anos e sua raridade abaixo dos 30 anos. Segundo a literatura esse tipo de tumor é mais prevalente em homens no Brasil e no mundo, o que condiz com a pesquisa em questão. A maior quantidade de óbitos nas regiões sudeste é característica do Brasil para neoplasias malignas no geral o que é justificado pelo número de habitantes da região. O número de mortes crescentes seguem o padrão brasileiro para maioria das doenças neoplásicas. Apesar de não ser um dos cânceres mais prevalentes, a mortalidade por câncer de bexiga vem aumentando anualmente.
Área
UROLOGIA
Instituições
UFBA - Bahia - Brasil
Autores
vitoria rodriguez de palmela barroso aguiar, Katharina Andrade de Oliveira, Thainara Santos Gomes