Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE DA PREVALENCIA DE HIPOVITAMINOSE D E O GRAU DE ADESAO AO TRATAMENTO DE SUPLEMENTAÇAO DE VITAMINA D EM PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL, ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE NO SERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA DA FHCGV
OBJETIVO
Avaliar a prevalência de hipovitaminose D, bem como o grau de adesão ao tratamento de suplementação de vitamina D em pacientes com doença inflamatória intestinal, acompanhados ambulatorialmente no Serviço de coloproctologia da FHCGV
MÉTODO
A população alvo compreendeu 52 pacientes com diagnóstico de doença inflamatória intestinal, Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa (DC e RCU).
Utilizou-se formulário padrão onde constavam variáveis, como: idade, idade de início da doença, sexo, naturalidade, endereço atual, escolaridade, fenótipo da doença conforme os critérios de Montreal, índices de gravidade da doença, drogas utilizadas no tratamento da DII, dosagem de 25-OH vitamina D, reposição e adesão ao tratamento de suplementação de vitamina D
RESULTADOS
A prevalência de Hipovitaminose D (<30 ng/ml) nos 52 pacientes com DII, é de 67,31% (35) sendo esta tendência significativa (p<0.05) entre estes pacientes. 32.69% (17) apresentavam níveis de vitamina D considerados normais (>30 ng/ml). 20 (38,46%) pacientes apresentaram dosagem entre 10 e 20 ng/ml, um índice menor de 15 pacientes ente 20 e 30 ng/ml (28,85%), seguidos de 17 (32,69%) pacientes que apresentaram dosagem acima de 30 ng/ml. (p<0.05)
Os pacientes acometidos pela doença RCU apresentam dosagem média de 25-OH VITAMINA D igual a 33 ng/ml (µ = 32.895), com desvio padrão de ± 19 ng/ml (σ = ±19.839). A variância elevada (Var = 393.579) indica que o grupo não é homogêneo com relação a dosagem média de 25-OH VITAMINA D (p<0.05).
Os pacientes acometidos doença DC apresentam dosagem média de 25-OH VITAMINA D igual a 27 ng/ml (µ = 26.952), com desvio padrão de ± 14 ng/ml (σ = ±14.470). A variância elevada (Var = 209.376) indica que o grupo não é homogêneo com relação a dosagem média de Hipovitaminose D (p<0.05).
Não há relevância significativa (p>0.05) entre os pacientes no que se refere à realização de terapêutica de reposição de vitamina D, de modo que 27 (51,92%) pacientes iniciaram reposição e 25 pacientes (48,08%) não a realizaram.
13 dos 27 que iniciaram a reposição de vitamina D não aderiram ao tratamento.
CONCLUSÕES
Observou-se uma a alta prevalência de hipovitaminose D na amostra de pacientes com DIIs. 67,31% dos pacientes apresentavam níveis séricos de 25-OH vitamina D inferiores a 30 ng/ml (35 da amostra total de 52).
Apesar do maior número de pacientes com RCU na amostra (31) foram observados níveis séricos mais baixos naqueles com diagnóstico de DC (21). Quanto à adesão à terapêutica de reposição, 14 pacientes (51,85%) aderiram ao tratamento e 13 pacientes (48,15%) não.
No subgrupo de não adesão (13), verificou-se que 8 pacientes (66,67%) relataram não aderir à reposição por limitações financeiras; 3 pacientes (25%) suspenderam uso devido a mal estar (pirose e náuseas), 1 paciente (8,33%) alegou dificuldade de lembrar horários de administração e abandonou a reposição e 1 paciente (8,33%) não fez compra da medicação devido à ausência de farmácia em sua comunidade ribeirinha.
Os dados encontrados reforçam a intrínseca relação entre DII e hipovitaminose D
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
CESUPA - Pará - Brasil
Autores
ULISSES VALE SÁ JUNIOR, MAÍRA KHOURY EVANGELISTA, MARCOS ALÉCIO BISPO ANDRADE, PEDRO AUGUSTO BISI SANTOS FILHO, CARMEN CECÍLIA GUILHON LOBO, MATEUS PAES TEIXEIRA, GLENDA FIGUEIRA GUIMARÃES, EMANUELLE MATOS RODRIGUES