Dados do Trabalho
TÍTULO
ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA SECUNDARIA A PURPURA TROMBOCITOPENICA IDIOPATICA NAO RESPONSIVA A TRATAMENTO CLINICO
INTRODUÇÃO
Púrpura trombocitopenica idiopática (PTI) é doença imuno-mediada que afeta adultos e crianças, caracterizada por episódios de sangramento e baixa contagem plaquetária. A primeira linha de tratamento para a PTI é o uso de corticoides, mas apenas 20-40% dos casos apresenta resposta satisfatória a longo prazo. Esplenectomia é a escolha para pacientes não responsivos ao tratamento clínico, sendo que ⅔ dos pacientes submetidos a cirurgia alcançam resposta satisfatória. Com o desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da PTI nos últimos anos, como Rituximab, a indicação de esplenectomia ficou mais restrita, mas continua sendo uma escolha efetiva e de baixo custo para os casos refratários a múltiplas terapias. A cirurgia remove o sítio primário de destruição das plaquetas e de produção de auto-anticorpos, oferecendo resposta duradoura quando comparada a outros tratamentos. A esplenectomia videolaparoscópica se provou técnica segura, associada a menor morbidade, recuperação mais rápida e resposta hematológica similar em comparação a esplenectomia convencional.
DESCRIÇÃO DO VÍDEO
Paciente de 17 anos, sexo feminino, com diagnóstico de PTI há 2 anos, acompanhando com a Hematologia, apresenta quadro não responsivo ao uso de corticoide e outras modalidades de tratamento clínico. Apresentou-se a cirurgia geral com indicação de esplenectomia confirmada por hematologista, já vacinada há cerca de 1 ano (H influenzae tipo B, meningococo tipo C e pneumococo) e com quadro de metrorragia, sangramento gengival, petéquias e equimoses difusas. Exames laboratoriais evidenciando plaquetas de 7mil. A despeito da transfusão de plaquetas, paciente seguia com plaquetas abaixo de 10mil. Devido a gravidade do quadro, optado pela transfusão de plaquetas logo antes do procedimento cirúrgico e realização de esplenectomia videolaparoscópica - cirurgia realizada com mínimo sangramento. Paciente realizou pós-operatório imediato em UTI, com hemograma de controle evidenciando 97mil plaquetas. Paciente segue em acompanhamento, sem novas manifestações hemorrágicas, mantendo uso de prednisona 5mg e último exame laboratorial disponível evidenciando plaquetas de 306mil.
CONCLUSÃO
A esplenectomia é terapia padrão nos casos de PTI refratária ao tratamento clínico. A esplenectomia videolaparoscópica promove melhores resultados em curto prazo e resultados semelhantes a longo prazo quando comparado a cirurgia aberta, sendo considerada um método efetivo e seguro no tratamento da PTI.
Área
MISCELÂNEA
Instituições
Escola Superior de Ciências da Saúde - Distrito Federal - Brasil
Autores
Stephanie da Silva Fernandes, Matheus Paiva de Souza, Leandro Martins Gontijo, Natasha Garcia Caldas, Nimer Ratib Medrei, André Araújo de Medeiros Silva