Dados do Trabalho


TÍTULO

PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O pneumotórax é uma das complicações intraoperatórias mais comuns, ocorrendo em 5% a 8% dos pacientes. Trata-se do acúmulo de ar no espaço pleural. Ele pode ocorrer após trauma, cirurgia, iatrogenia, espontâneo, ou em consequência de doença pulmonar. O espontâneo ocorre em consequência da ruptura de blebs subpleurais (primário) ou outra doença pulmonar (secundário). Este problema resulta em pressão intratorácica positiva causando compressão do pulmão e mediastino, desvio do mediastino e diminuição na ventilação e retorno venoso. Colapso cardiopulmonar e óbito podem acontecer. Descompressão imediata com jelco grosso ou colocação de um dreno torácico são procedimentos salvadores nesta situação.

RELATO DE CASO

Sexo masculino, 23 anos, queixa de dor torácica e dispneia há 2 meses. Evolui com dor em região subcostal direita, tipo pontada, em repouso. Nesse intervalo relata episódio de trauma em região torácica direita, com melhora espontânea. Há 15 dias procurou atendimento devido piora da dispneia (em repouso), tosse produtiva e persistência da dorsalgia. Tabagista e etilista. Ao exame físico: regular estado geral, descorado, dispneico e saturação de O2: 96%. Tórax: expansibilidade diminuída a direita, murmúrio vesicular presente bilateralmente, diminuído a direita e também enfisemas subcutâneos. Abdome: sem alterações. Exames laboratoriais: hemograma com leucocitose. Raio X de tórax: pneumotórax de grande volume a direita. Conduta: drenagem torácica em selo d’água e internação hospitalar. Alta hospital em 8 dias, sem intercorrências e/ou queixas clinicas.

DISCUSSÃO

A história clinica é fundamental e norteadora da condução do tratamento precoce e o restabelecimento do paciente. Os sintomas de pneumotórax incluem dor e dispneia. Pacientes com pneumotórax espontâneo são geralmente jovens longilíneos. Exames de imagem para o diagnóstico incluem radiografia de tórax e, ocasionalmente, TC. Nosso caso se refere a um pneumotórax espontâneo secundário, são gerados por rompimento de bolhas pulmonares, também áreas de fraqueza das paredes, causadas por doenças pulmonares subjacentes. A mais frequente, responsável por 90% dos casos é o DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) causada pelo tabagismo. Enfisema subcutâneo pode ou não estar presente. O tratamento depende do tamanho do pneumotórax e da gravidade dos sintomas.

Área

CIRURGIA TORÁCICA

Instituições

Universidade de Rio Verde - Goiás - Brasil

Autores

Raissa Silva Frota, Danillo Pedro Mendes da Silva, Tricia Aline Ribeiro Patinni de Souza, Ricardo Presotto Trolezi, Eduarda Oliva Ribeiro Rangel, Rodrigo João Taveiro Lopes, Leonardo Faidiga, André Fraga Rueda