Dados do Trabalho


TÍTULO

RESULTADOS DO TRATAMENTO DE HERNAIS VENTRAIS COMPLEXAS COM USO DA TECNICA DE SEPARAÇAO DE COMPONENTES ANTERIOR MODIFICADA

OBJETIVO

1. Descrever os resultados dos pacientes diagnósticas com hérnia complexa e submetidos a técnica de separação de componentes.
2. Explorar os achados durante o pós-operatório e durante o acompanhamento ambulatorial mensal na instituição.

MÉTODO

Estudo prospectivo de uma série de casos, em pacientes diagnosticados com hérnia ventral complexa, no serviço de parede abdominal do Hospital Geral de Ernesto Simões (Salvador, Bahia, Brasil). Todos os pacientes foram diagnosticados a partir do exame clínico e Tomografia de Abdome (TCA). Segundo protocolo do grupo, os pacientes que apresentavam defeito transversal intra-operatório > 10 cm ou na impossibilidade de fechamento sem tensão, eram submetidos a correção com uso da TSCA pela Técnica de Ramirez modificada. Todos os casos foram operados pela mesma equipe, usando a mesma técnica e material, com tela de polipropileno macroporosa e de média gramatura. Os dados foram coletados a partir do atendimento inicial, bem como as características das hérnias do pré e intra-operatório, as complicações pós-operatórias e do follow-up ambulatorial. O acompanhamento ambulatorial era quinzenal, no primeiro mês, e bimestral. Após 01 ano, todos os casos são submetidos a TCA para controle clínico. Na suspeita clínica de recidiva, a TCA era solicitada para confirmação diagnóstica. A Análise dos dados foi feito pelo SPSS e a coleta dos dados utilizando a plataforma de pesquisa REDCAP.

RESULTADOS

Entre junho de 2017 e dezembro de 2018, 26 pacientes foram submetidos a TSCA, sendo 11 homens e 15 mulheres. O IMC médio foi 29.76 (±6.08). Na amostra 50% eram obesos, 15,4% fumantes e 11,5% diabéticos e 50% apresentou perda de domicílio. Sobre as características clínicas e da hérnia os pacientes apresentaram um defeito transversal intra-operatório de 14.68 (±3.78), a média da área do defeito de 281,74 cm2 (±116,76). Dentre as complicações pós-operatórias foram analisadas: infecção de tecido em 21,7% dos pacientes, 17,4% foram transferidos para a UTI, 4,3% sofreram complicações cardiológicas, pneumonia ou foram re-operados. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 3 dias. Em A taxa de complicações de ferida foi de 21,7 %, O tempo médio de follow-up foi de 4,67 meses (0,25 - 12) onde 11,6% dos pacientes apresentaram infecção de parede e 7,8% seroma. A taxa de recidiva durante esse período foi de 3,8%.

CONCLUSÕES

Esse estudo encontrou uma taxa de recorrência de 3,8%, resultados semelhantes aos encontrados na literatura, mas ainda apresenta um follow-up curto, sendo importante o desenvolvimento de mais estudos com um maior nível de evidência para avaliar qual a melhor técnica cirúrgica para o tratamento desses pacientes.

Área

PAREDE ABDOMINAL

Instituições

Hospital Ernesto Simões Filho - Bahia - Brasil

Autores

Oto Mario Santana Neto, Ravi Cavalcanti Mendes, Rafael de Oliveira Santos, Nadson Pedreira, Victor Guimarães, Anderson Cançado, Leonardo Cunha