Dados do Trabalho
TÍTULO
INFECÇAO DO SITIO CIRURGICO: UMA REVISAO DAS ATUALIZAÇOES GLOBAIS PARA A PREVENÇAO
OBJETIVO
Demonstrar a importância da temática para a comunidade acadêmica assim como evidenciar as principais recomendações globais para a prevenção desta condição.
MÉTODO
Trata-se de um estudo de revisão de literatura em que foi realizada ampla busca sobre o assusto em artigos publicados entre 2013 e 2018, indexados nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS.
RESULTADOS
A Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) é objeto de grande preocupação dos serviços de saúde. Dentre as topografias das IRAS, a Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) está diretamente relacionada aos procedimentos cirúrgicos e, no Brasil, ocupa a terceira posição dentre todas as infecções em serviços de saúde, compreendendo entre 14% e 16% em pacientes hospitalizados. Entretanto, há evidências de que essa incidência é subestimada, não incluindo as infecções que se manifestam após a alta hospitalar, as quais podem variar entre 12% e 84%. As ISCs podem ser causadas por microrganismos de fontes endógenas (principal via, sendo o Staphylococcus aureus o mais comum) ou exógenas (majoritariamente por escassa antissepsia e lesões perfurantes) e levam a graves consequências, como aumento nos gastos devido ao seu tratamento; aumento do tempo de internação e mortalidade atribuída. De acordo com o Ministério da Saúde (2009), a prevalência da ISC compreende entre 14,0 a 16,0% dentre as infecções encontradas em pacientes hospitalizados. Dentre os principais fatores de risco para ISC estão: preparo pré-operatório ineficiente, tipo de procedimento cirúrgico, tempo e técnica da equipe profissional. Porém, fatores inerentes ao próprio paciente são os mais prevalentes (BATISTA, RODRIGUES; 2012); pacientes com menos de um ano e maiores de 60 anos constituem grupo de risco, juntamente com imunodeficientes, e apresentam maior probabilidade de adquirir esse tipo de infecção (SANTOS,TEIXEIRA,DIOGO; 2010). Segundo Berríos (2017) a cada episódio de ISC o período de internação aumenta cerca de 7-11dias. O risco de mortalidade é 2 a 11 vezes mais elevado em relação àqueles sem infecções. Há impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e na imagem da instituição. É sabido que entre 50 a 60% das ISC poderiam ser evitadas por meio da implementação de estratégias de controle baseadas em evidências.
CONCLUSÕES
Conclui-se que a ISC é de grande preocupação e há evidências que sua incidência está sendo subestimada. Quando contraída, a infecção leva a graves consequências não só para o paciente quanto para a instituição, tanto em sua imagem quanto aos elevados gastos para seu tratamento. A falta de preparo pré-operatório eficiente e uma técnica aprimorada de cirurgia são os principais fatores de risco, juntamente com pacientes com menos de um ano e maiores de 60 anos, que constituem grupo de risco. Pode-se diminuir tais índices com uma adequada formação e atualização da equipe profissional, aliado às técnicas baseadas em evidências.
Área
EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA
Instituições
CESMAC - Alagoas - Brasil
Autores
Lucas Roberto da Silva Barbosa, Caio Felipe Thomazin Panicio, Matheus Simões de Oliveira, Giovana Escribano da Costa, Gabriela Medeiros Formiga Moreira, Ana Elisa Biesek Leite, Camila Batista Mascena Nogueira, Angelo Luís Tonon Santana