Dados do Trabalho


TÍTULO

ANASTOMOSE COLEDOCODUODENAL POR VIA LAPAROSCOPICA

INTRODUÇÃO

A literatura relata superioridade da colecistectomia laparoscópica (CL) em relação à técnica aberta, com menor tempo de internação, menos dor e recuperação mais rápida. Devido a isso, a CL é o método padrão ouro no tratamento da litíase biliar extra-hepática com ou sem icterícia. Cerca de 10 a 15% dos pacientes colecistectomizados apresentam cálculos no ducto colédoco. A maioria desses cálculos são pequenos e provenientes da vesícula biliar, os quais podem impactar-se ao longo das vias biliares e desenvolverem quadros colestáticos. A colecistectomia associada à exploração do ducto colédoco e derivação bilioentérica previne a recorrência de litíase na via biliar principal. Há duas modalidades de coledocoenterostomia: a coledocojejunostomia com reconstrução em Y de Roux e a coledocoduodenostomia.

DESCRIÇÃO DO VÍDEO

Após realização do pneumoperitôneo e introdução dos trocáteres observou-se fígado esverdeado e vesícula biliar distendida. Fez-se apreensão da mesma com exposição do Triangulo de Calot, sendo verificado um cisto alargado. Após clipagem e secção da artéria cística colou-se pontos de reparo no ducto cístico, clipagem e pontos de transfixação para fechamento da porção proximal do cístico. Abertura do ducto cístico com retirada de múltiplos cálculos dando saída a liquido biliar purulento. Fez-se a colecistectomia e realizou-se abertura do colédoco com retirada de cálculos e anastomose coledocoduodenal.

CONCLUSÃO

A coledocoduodenostomia (CDD) por laparoscopia é importante no tratamento das afecções obstrutivas do trato biliar. Assim, no tratamento da colecistite calculosa se o hepatocolédoco estiver dilatada acima de 2 cm deve ser drenada, e sua exploração interna pode ser facilmente realizada através da CDD e com a vantagem de permitir exploração endoscópica posterior. Tal como na cirurgia laparotômica a via laparoscópica permite anastomose livre de tensão e aposição de mucosa com mucosa nas anastomoses biliodigestivas, com a vantagem de ser minimamente invasiva. Entretanto, essa técnica é um método complexo que requer uma equipe qualificada para realização do procedimento, visto que uma anastomose inapropriada pode cursar com complicações irreversíveis.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Durval Jose de Santana Neto, Larissa Gonçalves Moreira, Manuelli Antunes da Silva, Mariana Alma Rocha de Andrade, Anny Carolyne Oliveira Lima Santos, Renata Lima Batalha de Andrade, João Victor Reis Campos, Sonia Oliveira Lima