TÍTULO

HIPOPITUITARISMO POS TRAUMATISMO CRANIOENCEFALICO (TCE)

OBJETIVO

O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma das principais causas de morbi e mortalidade, devido aos mecanismos fisiopatológicos que desencadeiam lesões cerebrais primárias e secundárias. Dentre as complicações após TCE há o hipopituitarismo, caracterizado por deficiência parcial ou completa da atividade hormonal hipofisária. Assim, o objetivo do trabalho apresentado é demonstrar que a incidência do hipopituitarismo vem sendo subestimada, devido a semelhança de seus sintomas com aspectos clínicos comuns pós TCE. Bem como a necessidade de monitoração e reposição de hormônios hipofisários, visando melhora no prognóstico, visto que déficit em hormônios adrenais e tireoidianos contribuem para o estado comatoso.

MÉTODO

Análise bibliográfica do tipo exploratória em artigos relevantes sobre a temática do banco de dados PubMed, no European Journal of Endocrinology, National Institutes of Health e no The Scientific World Journal nos idiomas inglês e português.

RESULTADOS

Após quadro de TCE, a incidência de disfunção em pelo menos um dos hormônios hipofisários varia entre 40 a 50%, sendo o mais comumente afetado o hormônio de crescimento (GH), seguido das gonadotropinas. A prevalência do hipopituitarismo no TCE leve é de cerca de 16,8% e no moderado é de 10,9%, já no TCE severo chega a cerca de 35,3%. Em estudo com monitoração hormonal durante cinco anos em pacientes após TCE, observou-se que 28% dos pacientes persistiram com déficit de GH, já 4% permaneceram com disfunção no hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e gonadotropinas.

CONCLUSÕES

Nesse contexto, não é raro que a incidência de hipopituitarismo após TCE seja subestimada, pois déficit nos hormônios mais comumente afetados acarreta em aspectos clínicos comuns ao trauma isolado. Logo, reposição hormonal adequada pode contribuir para melhora do prognóstico, para tanto deve ser adotada monitoração hormonal durante no mínimo 1 ano.