TÍTULO

MONITORAÇAO DO VASOESPASMO PELA MICRODIALISE EM PACIENTES POS HSA

OBJETIVO

Vasoespasmo geralmente refere-se à associação de estreitamento de vasos cerebrais e instalação tardia de déficits neurológicos após hemorragia subaracnoidea, ocorre tardiamente em cerca de 70% dos pacientes com quadros de HSA, tendo seu pico em torno do sétimo ao oitavo dia após o sangramento, a análise da literatura demonstra que em 36% dos casos ocorre evolução para isquemia cerebral sintomática ou infarto. Assim é imperativa a necessidade de mecanismos capazes de monitorar continuamente o metabolismo cerebral a fim de evitar danos neurológicos. Nessa perspectiva, a microdiálise baseia-se na mensuração de marcadores e indutores de lesão secundária no espaço extracelular, sendo capaz de antever em até 11 horas a manifestação clínica de alteração metabólica tecidual relacionada com hipóxia e isquemia, minimizando danos neurológicos. Deste modo, o objetivo primordial do presente trabalho é evidenciar a importância da monitoração continua por meio da microdiálise em pacientes com quadros de hemorragia subaracnóidea (HSA) visando a prevenção de danos neurológicos.

MÉTODO

Revisão bibliográfica do tipo exploratória no banco de dados PubMed e nos Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia em busca de artigos relevantes sobre o tema.

RESULTADOS

A monitoração por microdiálise mostra-se eficaz por proporcionar aos profissionais da área de saúde ampla janela de atuação de terapêuticas a fim de evitar danos neurológicos permanentes por processos isquêmicos. A importância na diferenciação do quadro antes do aparecimento dos sintomas pela microdiálise deve-se ao primeiro tratamento diferenciado, visto que na prevenção do vasoespasmo deve ser adotada terapia de normopressão e hipervolemia moderada com hemodiluição (hematócrito acima de 35%).Já no tratamento de vasoespasmos sintomáticos deve ser induzida a hipertensão com hipervolemia e hemodiluição, que previne e trata complicações isquêmicas, apesar de relacionar-se a complicações como insuficiência cardíaca, edema cerebral e desequilíbrio hidroeletrolítico.

CONCLUSÕES

É de suma importância que a monitoração precoce de pacientes com HSA pela microdiálise seja adota a fim de evitar processos isquêmicos, com perdas neurológicas irreversíveis. Visto que este método de monitoração minimamente invasivo antevê processos isquêmicos pela mensuração de substância que indiquem alterações metabólicas no tecido cerebral, evidenciando significativa janela de atuação aos profissionais de saúde. Permitindo realização de tratamento adequado, já que nenhum dos meios disponíveis são isentos de riscos, em tempo hábil.