Dados do Trabalho
TÍTULO
TRATAMENTO DE CISTO PILONIDAL EXTENSO POR TECNICA EPSIT
INTRODUÇÃO
O cisto pilonidal é um processo inflamatório crônico que ocorre mais frequentemente na região sacrococcígea, devido à associação com pelos nessa topografia. (MENDES et al, 2015). A doença é mais comum em homens, com uma incidência de 3:1, devido ao hirsutismo natural do gênero masculino, e ocorre geralmente na terceira década de vida. (MENDES et al, 2015).
O tratamento para cisto pilonidal é essencialmente cirúrgico. Excisão clássica ampla com fechamento por segunda intenção, sutura primária com fechamento lateral ou medial da ferida continuam sendo os procedimentos cirúrgicos mais comuns, porém estes estão associados a taxas de recorrência altas além de desconforto pós-operatório significante. Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e ambulatoriais, capazes de garantir custo reduzido para internação hospitalar e consequente diminuição da morbidade devem ser mais frequentemente consideradas, tais como a técnica EPSiT. (MEINERO et al, 2019)
RELATO DE CASO
Masculino, hígido, 18 anos, com histórico de cisto pilonidal extenso em sulco interglúteo associado a trajetos fistulosos, secreção purulenta continua e abcessos de repetição. Foi submetido a tratamento cirúrgico pela técnica EPSiT devido a extensão e complexidade da lesão. A cirurgia ocorreu em regime ambulatorial sob raquianestesia e os acompanhamentos foram semanais até a oitava semana pós-operatória. O paciente evolui satisfatoriamente, com cicatrização das lesões, sem necessidade de grandes incisões ou retalhes.
DISCUSSÃO
Com os avanços tecnológicos e surgimento de procedimentos minimamente invasivos, em 2012 Meinero e colaboradores iniciaram um estudo que em 2014 rendeu a publicação da abordagem de Tratamento Endoscópico de Cisto Pilonidal (Endoscopic Treatment of Pilonidal Cysts - EPSiT). (MEINERO, MORI, GASLOLI, 2014)
O procedimento ocorre sob anestesia local ou raquidiana, usando o fistuloscópio Meinero. Em seguida, é realizada pequena incisão para introdução do fistuloscópio Meinero, permitindo visualização direta da anatomia, uma das principais características inovadoras da técnica pois permite definição da área a ser tratada, remoção de pelos e tecidos desvitalizados, bem como a cauterização do tecido inflamado. (MEINERO, MORI, GASLOLI, 2014) (MENDES et al, 2015).
A técnica de EPSiT é um procedimento minimamente invasivo comparada a outras técnicas que demonstra bons resultados até o momento, resultando em pouca agressão aos tecidos envolvidos. As vantagens do método envolvem o retorno precoce às atividades, resultados estéticos satisfatórios e menos dor no pós-operatório, quando comparada aos outros procedimentos. (MENDES et al, 2015)
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
UNIVALI - Santa Catarina - Brasil
Autores
VANESSA KARLINSKI VIZENTIN, BARBARA WIESE, ISABELLA DE OLIVEIRA, GABRIELA APARECIDA SCHIEFLER GAZZONI, BRUNO LORENZO ESCOLARO, FANGIO FERRARI, GUSTAVO BECKER PEREIRA