TÍTULO

TRATAMENTO DE INSUFICIENCIA DE VEIA SAFENA MAGNA CEAP 05 COM TERMOABLAÇAO POR RADIOFREQUENCIA

INTRODUÇÃO

A insuficiência venosa crônica (IVC) avançada constitui uma importante causa de afastamento do trabalho e aposentadoria precoce por invalidez. A presença de dermatite ocre, lipodermatoesclerose, eczema e úlcera de estase podem dificultar o tratamento cirúrgico convencional, sendo necessário optar por uma técnica minimamente invasiva. Nosso objetivo é relatar o caso de um paciente portador de IVC CEAP 05 com insuficiência de veia safena magna (VSM) bilateral, que foi submetido à termoablação com radiofrequência.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo masculino, 36 anos, portador de IVC CEAP 05, com insuficiência de veia safena magna desde terço médio de perna até crossa, em ambos os membros inferiores, ao ultrassom Doppler. Antecedentes Pessoais: fratura antiga parcialmente consolidada em fíbula direita e fratura consolidada em tíbia direita. Cicatriz extensa em coxa direita por acidente com caco de vidro. Foi optado pelo tratamento cirúrgico com termoablação com radiofrequência sob raquianestesia. Em ambos os membros inferiores, foi realizada punção de VSM guiada por ultrassom, em terço proximal de perna, e passagem de introdutor 7Fr. O cateter Closure Fast foi posicionado até 2cm de distância da junção safeno-femoral e, após intumescimento de compartimento safeno, foi realizada a termoablação da VSF a 120oC a cada 7cm com a retração do cateter Closure Fast. Após a termoablação foi realizado controle ultrassonográfico que evidenciou perviedade e compressibilidade do sistema venoso profundo e oclusão da veia safena magna em ambos os membros inferiores. Não houve trombose venosa profunda e a VSM em ambos os membros inferiores mantêm-se ocluídas ao controle ultrassonográfico de 7 dias e 30 dias.

DISCUSSÃO

A termoablação com radiofrequência constitui um procedimento pouco invasivo para o tratamento da IVC, com baixa dificuldade técnica em sua execução e baixo risco de complicações como infecção, lesões nervosas e trombose venosa profunda. Estudos recentes ressaltam a termoablação com radiofrequência o tratamento de escolha para a IVC avançada (CEAP 4, 5 e 6) com taxas de oclusão da veia safena magna superiores a outras técnicas pouco invasivas, como termoablação com laser ou escleroterapia com polidocanol.