Dados do Trabalho
TÍTULO
MODELO DE BAIXO CUSTO PARA A PRATICA DE TORACOCENTESE DIAGNOSTICA
OBJETIVO
A simulação vem sendo amplamente realizada nas Universidades de Medicina, visto que cria uma alta carga de aprendizado. Modelos de baixo custo apresentam bastantes benefícios para a reprodutibilidade e acesso dos estudantes. A toracocentese, por sua vez, é um procedimento comum em emergências e enfermarias com pacientes portando derrame pleural. Tal procedimento é simples de ser realizado e serve para o diagnóstico de certas patologias. Diante disso, um modelo de baixo custo de toracocentese foi desenvolvido pela Liga de Cirurgia Torácica (LICITO) da Universidade de Fortaleza e testado por alunos do curso de medicina.
MÉTODO
O modelo de Toracocentese foi elaborado em um manequim (R$ 26) associado a massa de modelar (R$2,90) para representar as costelas, uma garrafa de água de 330 ml (R$ 2,00) para representar o derrame pleural, 1 metro de velcro (R$ 2,60) e cola superbond (R$ 6,10) para fixação das estruturas no manequim, 1 m² de papel EVA (R$ 2,39) para representar as camadas da pele durante a punção. A escápula foi moldada por um pedaço do manequim que foi retirado com a finalidade de fornecer espaço para as camadas da pele e tecidos adjuntos. Ademais, foi colocado um balão acima da garrafa para representar um pneumotórax, caso houvesse erro durante a punção. Após a montagem do modelo, foram solicitados a acadêmicos de Medicina realizarem o procedimento de toracocentese. Além disso, foi aplicado um questionário com perguntas teórico-práticas sobre o procedimento antes e depois da prática, avaliando os conhecimentos prévios e adquiridos. Associado a isso avaliou-se a viabilidade do modelo e se recomenda-se o uso dele na aprendizagem.
RESULTADOS
Foram realizados questionários pré-teste e pós-teste contendo 5 perguntas. Colheram-se 45 respostas ao pré-teste, sendo alunos do primeiro ao quinto semestre, enquanto que no pós-teste foram obtidas apenas 26 respostas, com a divisão dos semestres similar. Apenas 27 alunos participaram da aula teórica. No pré-teste, 48,9% acertaram a posição do paciente na punção, já no pós-teste todos os participantes responderam corretamente. Referente à segunda pergunta, apenas 35,6% dos alunos demonstraram conhecimento acerca do local da punção, enquanto que após a simulação foi 73% das pessoas. No que diz respeito à pergunta “Qual o parâmetro usamos para facilitar a palpação do espaço intercostal?” boa parte da amostra (57,8%) acertou a resposta no primeiro questionário; 3 cm abaixo da ponta da escápula, assim como para a indagação a respeito do limite máximo de drenagem considerado para a punção, sendo esta 42,2% dos participantes. Esta também atingiu um montante maior de acertos no segundo formulário, sendo 61,5%, assim como aquela, que apenas um aluno não respondeu corretamente. Quanto às possíveis complicações do procedimento, em ambos os questionários as respostas foram gerais e corretas.
CONCLUSÕES
Diante disso, foi possível notar a relevância para o aprendizado dos participantes, com abordagem teórico-prático do simulador feito pela LICITO.
Área
EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA
Instituições
Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil
Autores
Lara Poti Nobre, Matheus de Sousa Mendes, João Felipe Carvalho Rodrigues, Dharien Oliveira Correa, Victor Frota Dias, Bianca Batista Diniz Freitas, Francisca Dayanne Barreto Leite, Israel Lopes de Medeiros