Dados do Trabalho


TÍTULO

TROCA VALVAR MITRAL MINIMAMENTE INVASIVA VIDEOASSISTIDA: ANALISE DE RESULTADOS

OBJETIVO

As cirurgias cardíacas minimamente invasivas foram desenvolvidas para proporcionarem, através de acessos limitados, menores traumas, melhores resultados estéticos e diminuição nos custos hospitalares , devido ao menor tempo de internação, com a mesma segurança das cirurgias tradicionais. O estudo teve como objetivo relatar a experiência em cirurgia valvar mitral minimamente invasiva (CVMMI) ao longo de 2 anos em Goiânia e analisar seus resultados relevantes.

MÉTODO

Análise retrospectiva de 105 pacientes submetidos a CVMMI pela referida instituição em Goiânia, entre Janeiro de 2015 e Dezembro de 2016. A amostra de pacientes foi submetida a cirurgia dentro dos mesmos parâmetros que são: Toracotomia Lateral Direita utilizando-se as técnicas de clampeamento com indução de cardioplegia sanguínea hipotérmica na raiz da aorta, para as primeiras cirurgias, já para as reoperações foram utilizadas fibrilação hipotérmica sem clampeamento aórtico. Na determinada amostra, foram incluídos pacientes de acordo com o seguintes critérios: adultos, idade mínima de 18 anos, com IMC entre 18 e 24.9 kg/m², cirurgias eletivas e exclusiva da válvula mitral ( plastia ou troca) e ambos os sexos. Foram excluídos da análise os pacientes que tinham: cirurgia de emergência, cirurgia combinada, e pacientes com IMC acima de 30 kg/m². Na análise estatística o valor de p< 0,05 foi considerado significante, quando analisados os dados pré-operatórios e intra-operatórios. A variável de interesse foi a quantidade de pacientes operados por essa técnica cirúrgica.

RESULTADOS

Observou-se na amostra selecionada que não houve importante sangramento perioperatório, que se refletiu em uma baixa
queda da hemoglobina, a qual teve média de 31,64±4,69 mg/dl entre as mulheres e 32,06±3,23 mg/dl a média entre os homens(p=0,5987). Ademais, o tempo de extubação foi curto e em geral variou entre 2 a 24 horas, sendo a média de 6,79±5,02 horas entre as mulheres e 4,62±0,57 horas entre os homens(p=0,00382). Por fim, o tempo de terapia intensiva (UTI) e internação no pós-operatório foi reduzido uma vez que o tempo de UTI variou entre 18 a 48 horas, com frequência de 36 horas entre as mulheres e de 48 horas entre os homens, algo satisfatório, já que na cirurgia convencional ocorre de 48 a 72 horas, e o tempo de internação variou entre 3 à 5 dias, com frequência de 4 dias para ambos os sexos.

CONCLUSÕES

Pode-se demonstrar que o acesso minimamente invasivo (toracotomia lateral direita) não altera a mortalidade ou a morbidade para a cirurgia valvar mitral. Este procedimento é seguro e seus resultados são excelentes podendo ser indicado como acesso de rotina para os procedimentos sobre a valva mitral. Logo, os achados indicam que a cirurgia valvar mitral videoassistida é assegurada e eficaz, com altos índices de reparo, baixo tempo de internação e excelentes resultados, devido a redução do trauma cirúrgico.

Área

CIRURGIA TORÁCICA

Instituições

HOSPITAL DO CORAÇÃO DE GOIÁS - Goiás - Brasil

Autores

TALYSSA JUNQUEIRA ARANTES, RODRIGO OLIVEIRA ROSA RIBEIRO SOUZA, ANTONINO CAETANO DE SOUZA NETTO, JEFF CHANDLER BELEM DE OLIVEIRA, TÉRCIO CAMPOS LEÃO NETTO, LUIZ ROBERTO OLIVEIRA JUNQUEIRA NETO