Dados do Trabalho
TÍTULO
RESSECÇAO DE GIST GASTRICO POR VIA ROBOTICA, VANTAGENS EM RELAÇAO A LAPAROSCOPIA CONVENCIONAL
INTRODUÇÃO
O GIST (tumor estromal gastrointestinal) É uma neoplasia de natureza mesenquimal . Ocorre esporadicamente, porém em torno de 5% das suas ocorrências possuem um compomente hereditário. . Apesar do advento de alguns tratamentos farmacológicos, o tratamento cirúrgico ainda é a base para a resolução de lesões primárias. Nas últimas décadas, o tratamento minimamente invasivo já vinha se mostrando seguro e efetivo desde que obtivesse margens cirúrgicas livres e é considerado tratamento de escolha para lesões com menos de 5cm (ressecção em cunha ou parcial) desde que a mesma se encontre longe do piloro ou cardia.
RELATO DE CASO
Paciente de 56 anos, previamente hígido, apresentava-se com queixas recentes de epigastralgia. Na ocasião da realização de uma endoscopia digestiva alta foi evidenciada lesão elevada de aproximadamente 1,2cm na porção proximal da grande curvatura gástrica. O paciente foi então submetido a tomografia abdominal e a ecoendoscopia com elastografia. Na ocasião dos exames, a tomografia sugeria lesão nodular em submucosa considerando a hipótese de doença mesenquimal. . O procedimento de escolha para a ressecção da lesão foi através da via robótica. Onde foi realizada cuidadosa dissecção da vascularização gástrica, determinação da posição da lesão e ressecção da porção gástrica englobando a lesão. Durante todo o procedimento, foi lançado mão de endoscopia para adequada localização da lesão e vigilância de sangramentos durante o grampeamento. O paciente apresentou excelente evolução clínica com alta no segundo dia de pós-operatório.
DISCUSSÃO
Não havendo dúvidas de que é possível uma resseção R0, a abordagem cirúrgica é consenso para o tratamento das lesões primárias sendo a única possibilidade de cura do GIST. Até o início da década de 90, o tratamento era realizado por via laparotômica. Por algum tempo se questionou a segurança do controle oncológico a longo prazo na via laparoscópica gerando controvérsias na abordagem dos GIST gástricos por tal via, porém, a laparoscopia ganhou força ao longo da década de 90, se tornando uma excelente - e segura - opção para o tratamento desta patologia. Hoje em dia, a via robótica segue os mesmos princípios oncológicos da cirurgia laparoscópica, entretanto, a magnificação da imagem em 3D, a facilidade na dissecção por melhor visualização das estruturas e a posição ergonômica do cirurgião tornam a abordagem por essa via mais vantajosa em virtude do menor tempo operatório e da rápida recuperação do paciente.
Área
ESTÔMAGO E DUODENO
Instituições
Hospital Samaritano de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
Felipe Giacobo NUNES, Reinaldo Martins De Oliveira Neto, Andre Soares Gallo, Carlos Roberto Puglia, Paulo Roberto Corsi, Debora Goncalves oliveira, Leonardo Ogawara Kawamoto Lahoz