Dados do Trabalho


TÍTULO

PROGRAMA DE CIRURGIA CITORREDUTORA/ QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL HIPERTERMICA EM HOSPITAL UNIVERSITARIO DE PERNAMBUCO: RELATO DE EXPERIENCIA

OBJETIVO

A Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC) foi padronizada e difundida por Paul Sugarbaker em 1995. A despeito disso, no Brasil, este procedimento somente passou a ser incorporado após o ano 2001 por Ademar Lopes. Todavia, essa e outras poucas iniciativas brasileiras quase totalmente ocorrem em instituições privadas ou filantrópicas. A despeito da inércia dos órgãos regulatórios, centenas de pacientes por ano no Brasil precisam realizar o procedimento. O estudo teve como objetivo analisar o resultado dos pacientes do SUS após a implantação do o programa de CCR/ HIPEC no Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (CEON-UPE), em março de 2015, para atendimento da demanda pública.

MÉTODO

O estudo incluiu 50 procedimentos de Cirurgia Citorredutora (CCR) associada à HIPEC realizados no Hospital. Todos os pacientes assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para os procedimentos cirúrgicos e anestésicos. Dos 50 pacientes, 32 (64%) foram do sexo feminino. Dessas, 16 (50%) com câncer de ovário estádio III-c; Entre homens e mulheres,17 (81%)tinham câncer do apêndice ou pseudomixoma peritoneal; dois (9,5%) pacientes com mesotelioma peritoneal, 01 (4,7%) com câncer gástrico e 01 (4,7%) com câncer cólon-retal. A média dos tempos cirúrgico-anestésicos do grupofoi de 05 horas ± e a média de dias de permanência hospitalar foi de 7±.A baixa permanência hospitalar tem sido atribuída à incorporação de estratégias de otimização terapêutica, sugeridas pelo protocolo ERAS e pelo programa ACERTO, além da introdução de outros protocolos desenvolvidos no Serviço, como a introdução do anestésico Ropivacaína, gentamicina e metronidazol, por via Intraperitoneal.

RESULTADOS

Ocorreram dois óbitos, em 30 dias, com relação direta à cirurgia (5,4%) e outros 04 (10,8%), em até 90 dias, por complicações clínicas graves ou por progressão da doença oncológica. Esses resultados se assemelham aos relatados por serviços de referência internacionais. Todos os pacientes após sua matrícula no CEON passaram a ser acompanhados por equipe multidisciplinar desde o pré-operatório, até pós-operatório tardio.

CONCLUSÕES

Completados 04 anos do programa CCR/HIPEC do CEON-UPE, é possível se dizer que este é um sucesso. Atualmente, é o único serviço público institucional para realização da cirurgia pelo SUS, matriculando pacientes do nosso estado e vários de estados vizinhos que não dispõem de tal modalidade terapêutica.

Área

MISCELÂNEA

Instituições

Faculdade de Medicina de Olinda - Pernambuco - Brasil

Autores

Tarcisio Jose Cysneiros da Costa Reis, Luciana Maria Queiroz de Oliveira Borges, Carolina Carlsson Delambert Berenstein, Franscisca Nattascha Mauriz Santana, Lais dos Santos Ximenes, Adélia Siqueira Valverde, Matheus Aguiar Madeiro, Francisco Victor Costa Bandeira Farias