TÍTULO

ANALISE COMPARATIVA DA REALIZAÇAO DE LAQUEADURA TUBARIA VERSUS VASECTOMIA NO TERRITORIO BRASILEIRO

OBJETIVO

Efetuar um comparativo dos procedimentos efetivados para esterilização através da laqueadura tubária versus vasectomia, nos últimos 11 anos, levando em consideração os quesitos de caráter de atendimento, grupo procedimento, grau de complexidade e a distribuição geográfica.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico descritivo com base nos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) entre 2008 e 2018, associado a revisão de literatura nas bases de dados SCIELO, PubMed e MedLine.

RESULTADOS

De novembro de 2008 a novembro de 2018, foram notificadas um total de 273.371 internações hospitalares para realização de vasectomia. Destas, o maior número de internações encontrado foi de 153.914 (56,3%) na região Sudeste, enquanto que a região Norte apresentou o menor número de internações com 5.660 (2%). Registraram-se ainda 251.325 (91,9%) internações sob o caráter de atendimento eletivo. Notou-se 1 óbito para este procedimento. O valor total gasto para este procedimento registrado foi de R$95.599.772,20. Já a média de permanência para sua realização neste período é de 0,3. Com relação a laqueadura tubária, no mesmo período, foram notificadas 378.925 internações hospitalares. Destas, o maior número de internações encontrado foi de 164.980 (43,5%) na região Sudeste, enquanto que a região Norte apresentou o menor número de internações com 24.305 (6,4%). Registraram-se ainda 328.410 (86,6%) internações sob o caráter de atendimento eletivo. Foram encontrados 11 óbitos para este procedimento. O valor total gasto para este procedimento registrado foi de R$143.524.198,70. Já a média de permanência para sua realização neste período foi de 1,3.

CONCLUSÕES

A crescente busca por métodos anticoncepcionais cirúrgicos entre os brasileiros se torna cada vez mais evidente. Visto que, o índice de mortalidade, tempo hospitalar, número de internações e investimento foram maiores na laqueadura comparado a vasectomia, principalmente, na região sudeste. No entanto, é necessário observar o número de subnotificações existente em diversas regiões, devido ao caráter ascendente do número de esterilizações.