Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE PACIENTES INTERNADOS COM NEOPLASIA MALIGNA DE ESTOMAGO NO BRASIL ENTRE 2015 E 2018

OBJETIVO

Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes internados com neoplasia maligna de estômago no Brasil entre 2015 e 2018. Sabe-se que o câncer gástrico é a mais frequente neoplasia maligna do aparelho digestivo. No brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se cerca de 13.540 novos casos de câncer de estômago entre os homens e 7.750 nas mulheres para o ano de 2019. É válido ressaltar que o diagnóstico geralmente se dá em estádios avançados e a maior parte deles na sexta década de vida, piorando o prognóstico desses pacientes. O tratamento é preferencialmente cirúrgico através da ressecção radical do tumor. Assim, é fundamental conhecer o perfil prevalente dos pacientes acometidos por essa neoplasia, já que serão submetidos a cirurgias em quase a totalidade dos casos.

MÉTODO

Estudo epidemiológico e descritivo baseado nos dados disponíveis pelo DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares – SIHSUS, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. As informações captadas foram tabuladas para melhor compreensão e, posteriormente, analisadas. As variáveis do trabalho abordaram sexo, idade, raça e o caráter de atendimento; excluindo do estudo os casos que evoluíram a óbito.

RESULTADOS

Segundo dados do SIHSUS, no Brasil, 107.982 pacientes foram internados devido a neoplasias malignas do estômago entre 2015 e 2018. O Sudeste foi a região de maior prevalência, com 48.150 casos, o que corresponde a 44,59% do total, seguido do Sul, com 26.567 (24,60%), Nordeste com 22.307 (20,65%), Centro-Oeste com 6.067 (5,62%) e o Norte, que foi a região com o menor número de casos, sendo um total de 4.891 (4,53%). Em relação ao caráter de atendimento, do total de internações, 38.363 (35,52%) foram de caráter eletivo, enquanto 69.619 (64,47%) foram em caráter de urgência e necessitaram de intervenção cirúrgica. De acordo com a pesquisa, o sexo masculino apresentou o maior número de internações, representando 69.862 (64,7%) do total de casos. Em relação à prevalência por faixa etária, foram analisados dados de pacientes de 1 a 80 anos; observou-se um maior índice de internação por essa neoplasia entre 60 e 69 anos, com um total de 31.765, seguido da faixa etária de 50 a 59 anos, com 25.204 casos; enquanto a menor taxa foi encontrada entre 1 e 4 anos, com o total de 1 internação. Quanto ao critério raça/cor, 46.327 eram brancos, 5.275 eram pretos, 39.315 eram pardos, 1.412 eram amarelos, 30 eram indígenas e 15.623 não possuíam informações.

CONCLUSÕES

De acordo com os dados acima analisados, conclui-se que a maior parte dos pacientes internados por neoplasia maligna de estômago foram homens residentes da região Sudeste, na faixa etária de 60 a 69 anos, brancos e atendidos com caráter de urgência. Portando, a pesquisa evidencia a necessidade dessa patologia ser diagnosticada precocemente, visto que a idade avançada e o atendimento de urgência oferecem um risco cirúrgico maior ao paciente.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ - Pará - Brasil

Autores

JÉSSIKA ARAÚJO FERREIRA, FERNANDA SANTOS DE AGUIAR, BRENDA HOSAMA DE OLIVEIRA, PEDRO HEINRICH OLIVEIRA CAMPOS, AMANDA DOS SANTOS DUARTE, CAMILA PANTOJA AZEVEDO, HÉLDER COSTA IKEGAMI