Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE CIRURGIAS CARDIACAS PEDIATRICAS REALIZADAS PELO SISTEMA UNICO DE SAUDE NO BRASIL, ENTRE JANEIRO DE 2008 E NOVEMBRO DE 2018
OBJETIVO
Traçar o perfil epidemiológico dos procedimentos cirúrgicos cardíacos pediátricos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre janeiro de 2008 e novembro de 2018 no Brasil, avaliando os determinantes de saúde: total de procedimentos, taxa de mortalidade e óbitos.
MÉTODO
Estudo epidemiológico quantitativo, baseado em dados do DataSUS referentes às cinco regiões brasileiras, de janeiro de 2008 a novembro de 2018. Os dados foram coletados por meio da opção “procedimentos cirúrgicos”, sendo selecionadas as opções relativas à cirurgia cardíaca com a variante “Criança e Adolescente”. Além disso, escolheu-se a opção “região” para que as informações regionais fossem expostas separadamente. As informações foram exportadas para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0, no qual se fez a transformação de variáveis e as tabulações cruzadas. Os dados foram salvos em Excel®, versão 12.0, para os cálculos de coeficientes e facilitação do seu manuseio e análise. As informações foram expostas em gráficos e tabelas.
RESULTADOS
A região Norte apresenta o menor número de internações (303) e a maior taxa de mortalidade (18,36). O Centro-Oeste está em segundo lugar nos dois parâmetros (724 internações e taxa de mortalidade de 15,01). O Nordeste, com a 3ª maior quantidade de internações (1388), tem a menor mortalidade (10,53). O Sul possui o segundo maior número de internações efetivas (1451) e possui uma alta taxa (13,97), ficando atrás do Nordeste e Sudeste. Esta ultima, é a que mais realiza procedimentos no país (3154), apresentando a segunda taxa de mortalidade mais baixa (10,82).
CONCLUSÕES
Nota-se que não há relação direta entre o número de internações efetivas para as cirurgias, o número de óbitos e a taxa de mortalidade. O número de procedimentos cardiopediátricos aumentou em todas as regiões do Brasil no período analisado. A relação entre esse número e a quantidade de óbitos pós-cirúrgicos é estreita e melhor calculada pela taxa de mortalidade cirúrgica. Há variação entre as regiões, de modo que fatores como o desenvolvimento econômico e a concentração de hospitais são fundamentais para a realização de cirurgias cardiopediátricas, tendo em vista o seu grau de complexidade e a necessidade de hospitais especializados, experiência das equipes cirúrgicas e qualidade das equipes interdisciplinares.
Área
CIRURGIA TORÁCICA
Instituições
Universidade Federal de Rondônia - Rondônia - Brasil
Autores
Wanessa Gouveia Castro, Marcelo Regis Lima Corrêa, Nayara Roncoleta, Gabriel Fumian Milward de Azevedo, Lenara Melo da Silva, Horácio Tamada