Dados do Trabalho


TÍTULO

DUODENOPANCREATECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA: AVALIAÇAO DA EXPERIENCIA INICIAL DE UM UNICO GRUPO NO DISTRITO FEDERAL EM REDE PRIVADA DE HOSPITAIS.

OBJETIVO

Analisar os resultados de uma série cirúrgica com 16 pacientes submetidos a duodenopancreatectomias realizadas por via laparoscópica pela mesma equipe em hospital privado do Distrito Federal. Além disso, registrar a primeira Duodenopancreatectomia realizada totalmente por via laparoscópica no Distrito Federal em janeiro de 2012.

MÉTODO

Foram analisados retrospectivamente 16 pacientes consecutivos submetidos a duodenopancreatectomias laparoscópicas em rede privada do Distrito Federal. A primeira duodenopancreatectomia realizada por videolaparoscopia no Distrito Federal foi realizada em 2012 e consta desta série de casos. Os detalhes técnicos foram analisados, assim como, as complicações pós-operatórias segundo critérios internacionais. A mortalidade foi considerada quando aconteceu até 90 dias do procedimento cirúrgico.

RESULTADOS

Os pacientes apresentavam faixa etária entre 50 e 75 anos. A maioria dos pacientes apresentava tumor da região periampular. A distribuição por gêneros foi semelhante. Os procedimentos foram todos realizados com gastrectomia parcial associada e a reconstrução do transito alimentar foi sempre em alça única. A anastomose pancreatojejunal foi confeccionada através da técnica término-terminal com invaginação do pâncreas no jejuno somente no primeiro caso descrito. As demais anastomoses pancreatojejunais foram confeccionadas através da técnica ducto-mucosa término-lateral. A anastomose biliodigestiva foi confeccionada na sequencia de forma término-lateral. Posteriormente, a anastomose gastroentérica foi sempre realizada na parede posterior do estomago látero-lateralmente com endogrampeador inicialmente com carga de 45 mm passando a 60 mm na maioria dos casos apresentados. Houve necessidade de conversão para cirurgia aberta em 2 pacientes. O tempo operatório variou entre 320 e 450 minutos. Houve 3 óbitos (18,75%) nos primeiros 90 dias relacionados à trombose arterial mesentérica, Acidente Vascular Encefálico hemorrágico e pneumonia aspirativa maciça. Apenas dois pacientes (12,5%) apresentaram fístula pancreática grau A sem a necessidade de intervenção cirúrgica. Apenas um paciente (6,25%) apresentou fístula biliar resolvida de forma conservadora. Em todos os pacientes utilizamos cateter para moldar a anastomose pancreatojejunal deixando-o perdido através da anastomose. Em uma paciente (6,25%) realizamos Artery First Approach para definir a ressecabilidade intra-operatória tendo em vista a dúvida dos exames de imagem pré-operatórios. A recuperação pós-operatória apresenta os benefícios das técnicas minimamente invasivas com menos dor, menos sangramento e possibilidade de alta hospitalar mais precoce.

CONCLUSÕES

A duodenopancreatectomia ainda é considerada um desafio, principalmente fora dos centros especializados com grande volume. As vantagens demonstradas por essa via de acesso cirúrgico estão associadas aos métodos minimamente invasivos e melhoram com o aumento do volume e experiência da equipe cirúrgica.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

GRUPO SANTA - Distrito Federal - Brasil

Autores

ARISTOTENIS CARDOSO CRUZ, PAULO MACHADO RIBEIRO, WALTER HENRIQUE COSTA RIOS, ANDRÉ GLEIVSON BARBOSA